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Iago Barros Minhons

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Extraterrestres

Iago Barros Minhons - Publicado: Terça, 29 Julho 2014 11:23

Se Felipe VI tivesse que imaginar o seu cargo real à volta dum horário laboral irregular para cobrar 900€ a fim de mês, talvez abdicasse. Se Rubalcaba tivesse que acudir a umha ETT ao abandonar o seu cargo no PSOE, talvez se aferrasse ao cargo.


Se Willy Meyer tivesse que aguardar a fim de mês para pagar as faturas da luz e do gás, talvez continuasse a dar discursos como comunista espanhol em Estrasburgo, em lugar de se demitir.

Mas em nengum dos três casos o mundo do trabalho ocupa a centralidade política que @s comunistas galeg@s cremos que deve ter. Nem Felipe VI tem que se preocupar com os estudos num colégio sem refeitório nem apoio psicopedagógico da sua sucessora a notável Leonor, nem Rubalcaba com um atendimento deficiente da sua saúde nos hospitais públicos de Santander, nem Meyer com prescindir de aquecimento durante o inverno madrileno.

Porque, ao contrário do que a juventude trabalhadora da Galiza, nengum dos três tem a menor ideia do que significa ter que trabalhar para outros por umha miséria para sobreviver; nem agradecer com um mísero sorriso a gorjeta dos clientes porque assim poderá sair essa noite a drogar-se e esquecer a miséria em que subsiste.

Nengum dos três vive num país cuja língua é motivo de descrédito laboral, hándicap que contrarrestar com mais sacrifício e entrega laborais para demonstrar que nom és um "pailám". Ou mesmo que ocultar, para nom prejudicar o honorável negócio do teu patrom. Nengum vive num bairro dumha cidade galega assolado pola "livre" desvertebraçom empresarial dum país condenado a ser um paraíso de turistas apesar das suas imensas riquezas naturais e da sua história cultural, inteletual e industrial.

Os três som espanhóis, som espanholitos. Som uns acomodados, uns acomodatícios. Som alheios, desconhecidos, estranhos, extraterrestres para qualquer de nós e d@s noss@s vizinh@s. Nom tenhamos complexos: nós, @s independentistas e comunistas da Galiza, nom temos nada de que nos envergonhar. Somos rebento da terra fértil da Galiza obreira. Somos tam normais como a exploraçom mesma, e expressom autêntica do seu antagonismo.

No Povo deixamos semente de vencer. Eles, faísca desta terra queimada que, disque, em 40 anos perderá um milhom de habitantes. Eles som ricos, burgueses, assassinos do nosso futuro e vitalidade. Nós somos o trabalho, a produçom, a vida e o futuro dumha Pátria sem classes. A juventude comunista, feminista e patriota galega. Sofremos, mas a nossa própria resistência é sintoma de vitória. Porque, contra o o saque e a opressom, a emigraçom e o silenciamento, a perseguiçom e a criminalizaçom, a só existência dum Movimento de Libertaçom Nacional na Galiza deve dar muito que pensar sobre a natureza irredenta desta Pátria.

Fonte: Primeira Linha.


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