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Carlos Serrano Ferreira

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Em coluna

Sobre às críticas de um dirigente do PSTU sobre a Nota Conjunta PCB e EM sobre a Ucrânia

Carlos Serrano Ferreira - Publicado: Sexta, 27 Junho 2014 09:04

A partir da publicação da "Nota conjunta do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Esquerda Marxista (EM-CMI) - Todo apoio militante aos antifascistas ucranianos" abriu-se um pequeno debate, mais importante em significado, não só sobre a questão ucraniana, como sobre como se fazer um debate construtivo entre organizações da esquerda revolucionária. Abaixo transcrevo a polêmica iniciada hoje, dia 27 de junho de 2014 sobre esta nota.


Um dos dirigentes do PSTU, o companheiro Henrique Canary, escreveu em seu perfil do facebook uma série de afirmações não corretas sobre essa nota e seu significado. Senti-me na necessidade de efetuar uma crítica à esta crítica, que segue abaixo, acompanhado do texto original de Henrique Canary e da nota em si. Coloco também a o texto a qual critico, pois ao fazer uma crítica é importante que a mesma seja vista em comparação ao texto criticado, e que as pessoas possam decidir por sua própria interpretação o que está correto ou errado num texto, e não pelo desconhecimento do texto. Por isso, em ordem, segue primeiro minha resposta à crítica, a crítica e depois a nota:

Sobre as infelizes declarações de Henrique Canary sobre a nota conjunta da EM e do PCB sobre a situação ucraniana.

As declarações de Henrique Canary sobre a declaração conjunta da Esquerda Marxista e do PCB pecam por vários elementos. Sinto-me tranquilo em responder essas acusações, pois colaborei no rascunho do texto que serviu para o debate entre o PCB e a EM que originou esta nota. Seguem então as respostas necessárias:

1°) Em primeiro lugar o tom de acusações e de sua nota espelham uma forma de fazer o debate político pouco fraterna, ao contrário do que deve ser a discussão entre revolucionários. Afinal, como diz um intelectual do próprio PSTU, Valério Arcary, não houve nenhuma revolução que tivesse sido dirigida por um único partido. Acredito que o companheiro devesse prestar mais atenção ao que sabiamente diz Valério a partir das lições que tira das revoluções do século XX. A revolução brasileira não será dirigida por apenas uma organização revolucionária, mas por uma frente de organizações revolucionárias. Acreditar que a sua própria organização será a única a fazer isso é um erro da ultra-esquerda e do stalinismo;

2°) Distorce o texto quando, por exemplo, simplesmente passa ao largo do seu conteúdo e retira conclusões que não estão no mesmo. Como, por exemplo, não trata de como apontamos o dedo à Rússia. Ele tenta criar confusão e sugerir que estamos ao lado da Rússia, numa suposta lógica de campos progressivos. Nem a EM, nem o PCB estão ao lado de nenhuma potência burguesa, seja a Alemanha, os EUA ou a conservadora Rússia. Denunciamos o papel russo, inclusive contra o processo revolucionário antifascista no Leste: "Os oligarcas que comandam a Rússia certamente temem a continuidade da luta do do movimento operário e antifascista na Ucrânia, pois estes ameaçam seus interesses e podem questionar o seu poder econômico e político, assim como recolocar a questão da propriedade social cujo fim com a restauração capitalista é a origem da crise de desagregação do país." Dizemos claramente que não acreditamos no apoio de nenhum imperialismo: "O PCB e a Esquerda Marxista apoiam integralmente a resistência antifascista e a luta pela derrubada do governo de Kiev travada pelo PCU, Borotba e demais organizações operárias e de esquerda. Nossas organizações não têm ilusões a respeito de qualquer imperialismo. Nada de bom pode sair para a classe trabalhadora ucraniana dos acordos imperialistas. Só a mobilização independente dos trabalhadores pode derrotar o governo do FMI-EUA-UE e dos fascistas que hoje domina Kiev.";

3°) Impinge ao PCB o título de stalinista. Isto ou é desconhecimento, e como alertavam Lênin e Trotsky a ignorância não constrói revolucionários, ou é má fé. Prefiro acreditar que seja o primeiro, tendo em vista conhecer o companheiro já há largos. O PCB desde 2005 iniciou uma reconstrução revolucionária onde rompeu com todo o escolho do stalinismo, inclusive a teoria dos campos progressivos e o etapismo. E, além de politicamente ter rompido com esse passado, organizativamente não há nada de stalinista, muito pelo contrário, há uma total liberdade democrática. Teoricamente então é a única organização sem centralismo teórico, como era o velho partido bolchevique dos tempos de Lênin e Trotsky. Possui uma enorme diversidade posições teóricas, tendo desde lukácsianos à althusserianos, de maoístas à trotskistas, inclusive morenistas, como eu e outros camaradas. Além disso, tem uma vida interna tão saudável que tem uma permanente renovação de seus quadros dirigentes, refletindo um partido vivo e democrático, atestado pelos acalorados mas fraternos debates de seu recente e vitorioso XV Congresso. Digo fraternalmente aos militantes de outras correntes que antes da crítica olhem para seus partidos para efetuar a autocrítica, como por exemplo: qual a taxa de renovação na direção partidária? Nos últimos quarenta anos, quantos ainda são os mesmos dirigentes em seu CC? Nós renovamos profundamente nossa direção.

4°) Tenta nos impingir uma suposta defesa de Yanukovich. Se lesse com cuidado a nota, veria que dizemos: "Como na chamada "Revolução Laranja" de 2004, a fração oligarca pró-imperialismos americano e europeu derrubou o governo da outra fração ligada ao capitalismo russo. Isso só foi possível porque o governo de Viktor Yanukovych era um governo corrupto e autoritário. Sua política de centralizar o poder político e econômico em torno de sua família levou não só a que os demais oligarcas abandonassem sua fração e passassem à oposição, buscando a aproximação com a União Europeia, para assegurar seus privilégios, como provocou a insatisfação popular." Isso seria uma defesa de Yanukovich?

5°) Parece-me que esquece das próprias elaborações feitas pela internacional que milita, a LIT-QI, que diz que a principal tática do imperialismo americano é a reação democrática, ou seja, canalizar os processos revolucionários para uma saída que lhe beneficie. Pois bem, esta é a principal leitura da nota, quando diz primeiro que: "Com os recursos financeiros do imperialismo ocidental e o seu controle sobre os meios de comunicação, a oposição e os grupos fascistas conseguiram canalizar a insatisfação popular na parte ocidental da Ucrânia para o golpe de Estado, ganhando a opinião pública dessa parte do país para o apoio ao Tratado de Associação com a União Europeia (UE), apesar do real significado deste ser a desindustrialização, o desemprego em massa, a redução dos salários e a piora das condições de vida dos trabalhadores." e depois "Preocupados com a possibilidade de perder o controle do processo, os imperialistas europeus buscaram logo um acordo com o governo russo e o governo de Yanukovich e anunciaram no dia 21 de fevereiro um acordo que previa um governo de coalizão, eleições antecipadas e o retorno à Constituição de 2004, diminuindo assim o poder presidencial." e "No dia 25 de maio, ocorreram as eleições presidenciais ucranianas, com a eleição do bilionário Petro Poroshenko, que já iniciou a ofensiva militar contra a população insurgente do Leste da Ucrânia.";

6°) Como última distorção afirma que a nota "Ignora olimpicamente o problema da possibilidade de divisão da Ucrânia". Bem, não ignoramos e a tratamos bastante na nota, inclusive com um elemento que achava que o companheiro enquanto trotskista concordaria, que é a ausência de uma direção revolucionária de massas dos processos no Leste: "A luta antifascista nessas regiões, sem um partido que colocasse a questão claramente do ponto de vista marxista de unidade da classe operária ucraniana e da luta contra o governo de Kiev, acabou por se expressar deformadamente nos referendos que votaram a independência da Crimeia e sua incorporação à Rússia (no dia 16 de março) e a formação das Repúblicas Populares de Donestk e Lugansk (em 11 de maio), que depois constituíram o novo Estado Federal de Novorossyia." Como não moldamos a realidade sobre as nossas vontades, atuamos sobre o que existe, e por isso seguindo a política leninista (e trotskista em consequência) defendemos o direito à autodeterminação dos povos oprimidos do Leste: "O PCB e a Esquerda Marxista, seguindo a política leninista de defesa da autodeterminação dos povos oprimidos e a luta operária contra o fascismo, pela reconquista da propriedade social, exigem o fim de toda ingerência imperialista europeia e norte americana, assim como do governo capitalista de Moscou, na Ucrânia." Ao que me parece é Canary e sua organização que ignoram olimpicamente a existência ao fascismo em Kiev e a política genocida que tem sido efetivada contra o povo do sudeste ucraniano. Não vivemos mais no tempo da URSS e precisamos atualizar as análises: a opressão que existe agora é de Kiev sobre as populações do sudeste ucraniano e sobre a esquerda. E se existe opressão russa, é a que está a se fazer agora por Moscou contra os antifascistas do Leste, com o envio de forças para sufocar a resistência autônoma, pois já está a acordar com Kiev uma saída interimperialista;

7°) Quem afirma que os atiradores no Maidan eram dos fascistas e não do governo de Yanukovich não somos nós, mas insuspeitos representantes do próprio imperialismo e pró-governo de Kiev, que saberia se tivesse lido o artigo que escrevi "A Ascensão do fascismo na Ucrânia", que saiu aqui mesmo no Diário Liberdade ou na página do PCB (http://pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=7397:qascensao-do-fascismo-na-ucraniaq-&catid=43:imperialismo): "Quem afirma isso não é o Kremlin, mas aliados europeus: numa conversa vazada entre o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Urmas Paet, e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, ele afirma que "Fica cada vez mais evidente que por trás dos franco-atiradores não estava (o presidente Viktor) Yanukovich, mas alguém da nova coalizão" e ainda que "é preocupante que a nova coalizão não queira investigar". Estas notícias não foram inventadas por nós, mas estão lá, em orgãos insuspeitos de simpatia com a Rússia, como a EFE (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/03/05/chanceler-estoniano-sugere-que-atiradores-de-kiev-foram-pagos-pela-oposicao.htm).

8°) Por fim, como os processos históricos mostram, a unidade entre organizações diferentes revolucionárias só é possível quando se une em torno de posições principistas e de defesa de processos reais, concretos, como tem sido a aproximação em relação às questões internacionais entre a Esquerda Marxista e o Partido Comunista Brasileiro.

Crítica de Henrique Canary feita em seu perfil do facebook (https://www.facebook.com/henrique.canary?fref=ts): 

"Incrível a nota conjunta assinada pelo PCB e Esquerda Marxista sobre a questão ucraniana! Quando uma organização que se reivindica trotskista assina uma nota política conjunta com um partido stalinista sobre um fato da luta de classes internacional, já se vê que algo está errado. Mas o pior da nota é o conteúdo:

1) Ignora olimpicamente o problema da possibilidade de divisão da Ucrânia;

2) Inocenta Yanukovich de ter usado franco-atiradores contra os manifestantes da Praça Maidan, atribuindo erroneamente esse crime aos fascistas;

3) Não diz que o "acordo" com o governo russo significaria para a Ucrânia a mesma colonização que o acordo com a União Europeia;
4) Chama a derrubada de Yanukovich de "golpe" da direita, esquecendo que foi a própria direita que se sentou com

Yanukovich para negociar a data das eleições, o que foi rejeitado pelas massas na Maidan e resultou na queda do governo;

5) Fala dos fascistas de Kiev, mas esquece-se dos fascistas do lado pró-russo, como o Movimento "Otpor" e outros.
Como toda política inspirada na teoria stalinista dos campos, PCB e Esquerda Marxista "escolhem um lado" no conflito, sem perceber que se tratam de dois campos contrarrevolucionários, cada um a seu modo tentando afogar em sangue o processo revolucionário ucraniano."

Nota conjunta do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Esquerda Marxista (EM-CMI) - Todo apoio militante aos antifascistas ucranianos

O Partido Comunista Brasileiro e a Esquerda Marxista têm acompanhado com preocupação os fatos que se desenrolam na Ucrânia. É mais um capítulo da intromissão imperialista no país e da luta entre frações oligárquicas que marcam a história ucraniana desde sua separação da URSS. Estes oligarcas emergiram como força dominante ao se apropriar, através de manobras e privatizações escusas, do patrimônio construído com muito sacrifício pelo povo soviético. Suas ações levaram o país à situação atual, à beira da bancarrota econômica e social.

Como na chamada "Revolução Laranja" de 2004, a fração oligarca pró-imperialismos americano e europeu derrubou o governo da outra fração ligada ao capitalismo russo. Isso só foi possível porque o governo de Viktor Yanukovych era um governo corrupto e autoritário. Sua política de centralizar o poder político e econômico em torno de sua família levou não só a que os demais oligarcas abandonassem sua fração e passassem à oposição, buscando a aproximação com a União Europeia, para assegurar seus privilégios, como provocou a insatisfação popular.

Com os recursos financeiros do imperialismo ocidental e o seu controle sobre os meios de comunicação, a oposição e os grupos fascistas conseguiram canalizar a insatisfação popular na parte ocidental da Ucrânia para o golpe de Estado, ganhando a opinião pública dessa parte do país para o apoio ao Tratado de Associação com a União Europeia (UE), apesar do real significado deste ser a desindustrialização, o desemprego em massa, a redução dos salários e a piora das condições de vida dos trabalhadores.

As milícias fascistas foram fundamentais para a vitória da fração oligarca da oposição. Foram responsáveis pela manipulação dos fatos, realizando ataques a militantes da própria oposição e utilizando franco-atiradores contra as manifestações para reverter o acordo oferecido pelo governo russo e justificar o uso de suas táticas violentas, sendo diretamente responsáveis pelo sangue derramado em Kiev.

Preocupados com a possibilidade de perder o controle do processo, os imperialistas europeus buscaram logo um acordo com o governo russo e o governo de Yanukovich e anunciaram no dia 21 de fevereiro um acordo que previa um governo de coalizão, eleições antecipadas e o retorno à Constituição de 2004, diminuindo assim o poder presidencial.

No entanto, a extrema-direita e as milícias fascistas, ligadas diretamente ao governo americano, deram o golpe no dia seguinte, expulsando Yanukovich do poder. Dessa forma, ocorria mais uma convergência de interesses: o interesse americano em impedir uma reaproximação entre Berlim e Moscou e os fascistas, que buscavam ascender ao poder. Com a bênção de Washington e pela primeira vez desde a derrota do nazifascismo na Segunda Guerra Mundial, um partido fascista típico participava de um governo em Kiev. O novo governo interino iniciou sua escalada de violência, restringindo a língua russa, perseguindo os partidos de esquerda e o antigo partido governante, baseado principalmente nas zonas leste e sul do país, compostas majoritariamente por russos étnicos.

Os fascistas do Svoboda e do Setor Direita ocuparam os principais postos no aparato repressivo, conseguindo legalizar a incorporação de suas milícias numa nova força militar, a Guarda Nacional. Após sucessivas agressões aos parlamentares e militantes comunistas, ateando fogo à casa do líder do Partido Comunista Ucraniano e às suas sedes e, por fim, expulsando seus deputados do parlamento. Tanto o PCU como o Borotba (organização de esquerda revolucionária) foram forçados a entrar na clandestinidade para sobreviver e precisaram se deslocar para Leste.

Com a ascensão fascista, as medidas de repressão às minorias russas e as medidas antipopulares impostas pelo FMI e as potências ocidentais, como o aumento do preço de gás para as residências em 50% e o corte pela metade das pensões, levaram ao começo da resistência na zona oriental da Ucrânia. Organizaram-se milícias antifascistas, que promoveram a tomada dos centros de poder local e a expropriação das armas da polícia e do exército. As tropas enviadas por Kiev para reprimir a resistência popular foram repelidas pelas massas e muitos militares desertaram, entregando seus tanques e armamentos, ou mudaram de lado.

A Guarda Nacional e os batalhões voluntários de fascistas, ajudados por mercenários pagos pelos oligarcas locais se tornaram a força de ataque principal do governo golpista, espalhando o terror, como no massacre de Odessa no dia 2 de maio, onde foram mortos quarenta antifascistas, entre militantes do PCU e do Borotba, e mesmo crianças, todos queimados vivos.

A luta antifascista nessas regiões, sem um partido que colocasse a questão claramente do ponto de vista marxista de unidade da classe operária ucraniana e da luta contra o governo de Kiev, acabou por se expressar deformadamente nos referendos que votaram a independência da Crimeia e sua incorporação à Rússia (no dia 16 de março) e a formação das Repúblicas Populares de Donestk e Lugansk (em 11 de maio), que depois constituíram o novo Estado Federal de Novorossyia. Essas regiões congregam o principal da indústria da Ucrânia, e é onde está o grosso da classe operária. Esta, capitaneada pelos mineiros, ao ficar claro o caráter fascista dos golpistas, passou à vanguarda da luta antifascista. A revolução antifascista tende a se tornar antioligárquica, pois todos os oligarcas da Ucrânia Oriental, inclusive o mais rico deles, Rinat Akhmetov, passaram para o lado de Kiev. Medidas de expropriação já foram já anunciadas pelos insurgentes.

Apesar da forte mobilização popular, a grande imprensa internacional tenta esconder os fatos, com uma campanha de desinformação, chamando os militantes antifascistas de "pró-russos" e "agentes russos". Usam, para isso, imagens de bandeiras russas em meio aos militantes. Estas não representam, no entanto, um desejo de serem anexados pela Rússia, mas a afirmação da identidade étnica sob ataque, e são minoritárias em meio às antigas bandeiras soviéticas e das próprias repúblicas regionais. O que estes militantes populares querem é o fim das organizações fascistas e de suas milícias, da ofensiva genocida realizada por Kiev. E defendem o seu direito à língua e à cultura própria e, acima de tudo, seu direito a existirem.

No dia 25 de maio, ocorreram as eleições presidenciais ucranianas, com a eleição do bilionário Petro Poroshenko, que já iniciou a ofensiva militar contra a população insurgente do Leste da Ucrânia. É possível que Moscou venha a aceitar a nova ordem e a negociar com o novo presidente uma nova forma de relacionamento com a Rússia. Os oligarcas que comandam a Rússia certamente temem a continuidade da luta do do movimento operário e antifascista na Ucrânia, pois estes ameaçam seus interesses e podem questionar o seu poder econômico e político, assim como recolocar a questão da propriedade social cujo fim com a restauração capitalista é a origem da crise de desagregação do país.

O PCB e a Esquerda Marxista, seguindo a política leninista de defesa da autodeterminação dos povos oprimidos e a luta operária contra o fascismo, pela reconquista da propriedade social, exigem o fim de toda ingerência imperialista europeia e norte americana, assim como do governo capitalista de Moscou, na Ucrânia.

Fora a opressão imperialista e a manipulação dos povos. Só a autodeterminação do povo trabalhador e uma verdadeira política marxista revolucionária podem resolver a tragédia organizada pelo imperialismo e pelo capitalismo na Ucrânia.

O PCB e a Esquerda Marxista apoiam integralmente a resistência antifascista e a luta pela derrubada do governo de Kiev travada pelo PCU, Borotba e demais organizações operárias e de esquerda. Nossas organizações não têm ilusões a respeito de qualquer do imperialismo. Nada de bom pode sair para a classe trabalhadora ucraniana dos acordos imperialistas. Só a mobilização independente dos trabalhadores pode derrotar o governo do FMI-EUA-UE e dos fascistas que hoje domina Kiev.

Conclamamos os trabalhadores de todos os países a manifestar solidariedade ao movimento antifascista, em defesa do PCU e de Borotba, em defesa do direito de reunião, manifestação e organização, hoje esmagadas pelo governo pró imperialista de Kiev.

Conclamamos as organizações operárias e antifascistas do Brasil e do mundo a protestar contra o governo de Kiev e demonstrar solidariedade com os militantes e organizações atacadas na Ucrânia.

Nem guerra entre os povos, nem paz entre as classes!

Unidade da classe operária e da juventude para derrotar o governo imperialista e fascista em Kiev!

Pelo fim imediato da ofensiva genocida de Kiev contra o povo da Ucrânia Oriental!

Pelo direito ao uso da língua e das culturas das minorias nacionais oprimidas e pelo seu direito à autodeterminação!

Contra a perseguição das organizações dos trabalhadores! Mais nenhum ataque ao Partido Comunista da Ucrânia e ao Borotba!

25/06/2014

Esquerda Marxista

Partido Comunista Brasileiro.


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