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Diego Bernal

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Cinema brasileiro para leigos

Diego Bernal - Publicado: Terça, 11 Março 2014 01:34

Num curso sobre lusofonia cultural ministrado o ano passado por Elias Feijó na Universidade Federal Fluminense de Niterói, o professor galego frisou a preocupaçom dos EUA por o Brasil ser o único país que ousava questionar a hegemonia cultural estadunidense no plano musical. 


Já em 2011 a sambista Beth Carvalho denunciava numha entrevista que a CIA visava dar cabo do samba pois os EUA queriam “dominar o mundo através da cultura”.

Os ianques nom se enganavam. Hoje a música brasileira fai sucesso em todos os cantos do planeta. Porém, ainda som poucas as pessoas que sabem da viçosa produçom cinematográfica da maior naçom de fala galego-portuguesa.

Para além de diretores atuais de prestígio internacional como Walter Salles ou Hector Babenco, dos quais, para já, recomendamos os filmes Abril Despedaçado e Carandiru, o cinema brasileiro cativa pola sua diversidade.

Para quem precisar de doses de filmes comerciais pode começar com o animado drama de Mauro Lima Meu nome não é Johnny (2008), umha história real sobre um traficante de drogas da zona sul do Rio de Janeiro; Bruna Surfistinha (2011) de Marcus Baldini, adaptaçom de um best-seller literário sobre a vida de umha garota de programa; e o filme de 2010 dirigido por Paulo Halm, Histórias de amor duram apenas 90 minutos, que reflete sobre a crise de um jovem casal.

Se a bossa-nova, o pagode, o sertanejo, o baião, o forró ou o funk das comunidades som géneros musicais tipicamente brasileiros, o conhecido como favela movie é um dos mais caraterísticos da sétima arte brasileira. Era uma vez...(2008) de Breno Silveira, pouco conhecido na Europa, é um recomendável filme de favela que conta umha bonita história de amor entre um rapaz da comunidade de Cantagalo -entre os bairros de Copacabana e Ipanema- e umha moça de classe média-alta carioca.

Caso se esteja à procura de experimentalismo, O bandido da luz vermelha é umha boa opçom. Esta fita é um clássico do cinema marginal de finais de 60 dirigido por um radical e novíssimo Sganzerla –tinha apenas 22 anos. Falando em clássicos, Pixote, a lei do mais fraco (1981) dirigido polo já citado Hector Babenco, é considerado um dos dez melhores filmes do cinema brasileiro. Como anos antes figera Buñuel no filme mexicano Os esquecidos, Babenco mostra como a violência e a injustiça tornam as ruas de São Paulo um beco sem saída para as crianças pobres.

Um grande sucesso de bilheteria foi Olga, inspirado na vida da militante Olga Benário Prestes. O filme está ambientado na Intentona Comunista de 1935 liderada polo revolucionário gaúcho Luís Carlos Prestes. Sobre acontecimentos históricos vale muito a pena assistir o filme de animaçom Uma história de Amor e fúria (2013). A longa de Luiz Bolognesi ressalta quatro fases da história do Brasil com umha visom fresca e crítica: colonizaçom, escravidom, ditadura militar e o futuro em 2096, quando haverá umha guerra pola água.

Por último, um dos pontos fortes do cinema brasileiro é sem dúvida o género do filme documentário. A curta-metragem de Jorge Furtado Ilha das Flores (1989), premiada em vários festivais da Europa e da América, é umha boa prova de que o Brasil está a caminho de arrumar umha nova encrenca com a CIA.   


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