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Zillah Branco

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No caminho

Sobre o Acordo Ortográfico: Governantes democráticos precisam explicar o que é DEMOCRACIA

Zillah Branco - Publicado: Sábado, 08 Março 2014 22:20

Mais importante que a ortografia (que a maioria dos que falam português desconhecem e dispensam por serem analfabetos), são os verdadeiros conceitos de "democracia" ou "direitos de cidadania" utilizados de forma insistente e irresponsável, com intenções opostas, pelos governantes e autoridades das elites institucionais dos Estados Lusófonos.


Façamos um acordo globalizado para respeitar os princípios éticos que deram origem à democracia e aos direitos de cidadania expressos nas Constituições e respeitemos a maneira de ser, falar, vestir e se comportar socialmente, que cada povo adquiriu ao longo da história da sua Pátria.

"As editoras e autoridades linguísticas podem fazer o acordo que quiserem que ele não vai pegar em qualquer país lusófono que se preze. Todos os povos, mesmo o de Portugal, falam como lhes apetece e escrevem idem. A expressão popular é bué importante e carregada de afetividade, com c ou sem c antes do t, p'ra gente se preocupar com a velha gramática. O melhor será deletar o acordo e linkar os povos com a tradução gestual usada pelo tradutor na homenagem ao Mandela , que não estava nem aí para gramáticas e altas personalidades do imperialismo neo-colonial. Ele via anjos, nós também quando assistimos aos discursos democratizados e humanistas dos governantes que conhecemos de ginjeira."

Conservemos a liberdade, pelo menos, de nos expressarmos como queremos, cada qual com as manias da sua pátria. Cultivem a gramática para explicitarem melhor (sem as complicações da exibição acadêmica) o seu pensamento, se estiverem nas função de comunicadores ou professores. O conhecimento da língua e a sua evolução é matéria de grande importância cultural, mas não pode dificultar o dia a dia de uma população na sua necessária comunicação.

Os povos se entendem com ou sem gramática, pois têm os mesmos problemas de desemprego e fome. Assim ensinou o padre Antonio Vieira antes de ser preso pela Santa Inquisição, e, depois, os revolucionários internacionalistas desde o fim do século XIX. Já se foi o tempo em que a Europa se considerava o "modelo cultural" da civilização e o latim indicava que o Império lembrado era o dos Romanos.

Os representantes dos impérios relacionados com o Deus Mercado impuseram o seu idioma - inglês - e hoje muita gente estuda o mandarim preparando-se para um futuro à vista. A adoção de características autóctones traz problemas como o de vestir fantasias do Carnaval brasileiro em pleno inverno europeu ou a de Pai Natal com neve e lã em pleno verão dos trópicos. Não há saúde que aguente tanta incongruência!

Ou então façamos um acordo etnográfico misturando o idioma de Camões e outros ilustres escritores dos últimos 500 anos, com o brasileiro que integra italiano, espanhol, tupi e outros idiomas igualmente expressivos, com o umbundo de África e outros idiomas tribais, o chinês de Macau, o hindi de Goa e os diferentes crioulos. E não deixemos fora os irmãos galegos que bem se esforçam por manter a língua de origem dos lusos na Península Ibérica e entendem qualquer ortografia, desde que o conteúdo seja importante.


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