1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (4 Votos)
Aarom Curbeira Martins

Clica na imagem para ver o perfil e outros textos do autor ou autora

Palavras jovens

Garzón, na Galiza nom és bem-vindo!

Aarom Curbeira Martins - Publicado: Segunda, 17 Fevereiro 2014 01:46

Depois dos acontecimentos de boicote às palestras que Baltasar Garzón tinha acordadas na Universidade de Compostela e o tratamento dado polos meios face tod@s @s estudantes que lá estávamos protestando, tachando-nos de intolerantes e fascistas e acusando-nos de coarctarmos a liberdade de expressom, vejo-me na obrigaçom de escrever umhas linhas que contribuam para desmontar todas estas falácias e que deixem claro quem é o intolerante, censurador e cúmplice de torturas.


Em primeiro lugar, gostava de que todos os meios de (des)informaçom que nos acusam figessem um repasso objetivo pola biografia do ex-magistrado da "Audiencia Nacional" espanhola. Um ex-magistrado que agora apela à sua liberdade de expressom para acusar de fascistas as e os que impedimos as suas intervençons na universidade pública galega, mas nom lembra quando polo ano 1998, sendo ele magistrado da "Audiencia Nacional", ordenou o fechamento do jornal Egin e da emissora Egin Irratia, metendo em prisom onze pessoas do seu conselho de administraçom sob acusaçom de pertença a bando armado. Finalmente, no ano 2009, o Tribunal Supremo declarou nula a declaraçom de ilicitude das atividades, polas irregularidades cometidas no fechamento da empresa ordenado por Garzón, mas o jornal nunca reanudou as suas atividades polos problemas económicos causados polo processo.

Nom representam estes factos um fechamento arbitrário e um grave ataque contra a liberdade de opiniom e de expressom?

Pois para Baltasar Garzón parece ser que nom, repassando na hemeroteca, nom encontro nengum artigo ou declaraçons deste senhor pedindo perdom por ter fechado de forma irregular um jornal com milhares de leitores/as e que sobrevivia sem ajudas públicas. Será que vale mais a sua palavra, a qual sim fechou muitas bocas, que a voz de todas as pessoas que nom esquecem, protestam e consideram estes factos como um ataque contra a liberdade de expressom e contra um povo?

Por outra parte, tampouco deve lembrar Garzón a condena ao Estado espanhol, por parte do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, por nom investigar as torturas levadas a cabo contra 15 independentistas cataláns condenad@s a prisom pola sua suposta relaçom com Terra Lliure. Se bem ele lava as maos dizendo que a condena é contra o Estado espanhol e nom contra a sua pessoa, nom conta que sim foi ele quem permitiu a incomunicaçom em dependências da Guarda Civil espanhola e quem utilizou as auto-inculpaçons assinadas sob tortura como prova decisiva na instruçom do caso que acabou com estas pessoas na cadeia.

Nom representa isto umha clara vulneraçom dos direitos humanos?

Pois para Garzón volta parecer que nom, e para os meios de comunicaçom do sistema tampouco; nom se alarmam com umha clara violaçom dos direitos das pessoas detidas sob custodia policial, permitida por um magistrado da "Audiencia Nacional", mas depois alarmam-se quando umha parte do estudantado galego mais consciente nom esquece estes factos nem quem é Garzón, nem considera que com todo o seu historial de vulneraçom de direitos poda vir dar liçons de direitos humanos nem sujar a memória das vítimas do franquismo, enquanto foi membro dum tribunal herdeiro da ditadura e com um marcado caráter político.

Diga-se ainda que estes som só dous casos destacados dos muitos polos quais se pode acusar a esta pessoa de vulneraçom dos direitos humanos, já que por diante dele passárom dúzias de casos de tortura enquanto olhava para outro lado, ou a ilegalizaçom de partidos políticos e organizaçons juvenis da esquerda independentista basca.

Por todo isto, considero que o boicote e as formas som as adequadas para nom dar voz na Universidade Pública a quem sim calou centenas de vozes e quem permitiu e se aproveitou da tortura; que nom fomos @s estudantes lá convocad@s, senom que foi ele quem do seu posto na "Audiencia Nacional" cumpriu o papel como peça fundamental na maquinaria repressiva do Estado espanhol contra toda a esquerda consciente das naçons oprimidas, para calar as vozes que clamam pola liberdade dos povos. E é por isto, polo seu "bom labor" repressivo contra a esquerda revolucionária, que tanto a extrema-direita como a esquerda reformista espanhola e galega saem na sua defesa e ocultam descaradamente a sua faceta repressora.

Com este episódio, no qual a contundência do estudantado logrou parar os pés à voz da tortura, tem-se demonstrado mais umha vez a necessidade de exercer umha prática coerente e conseqûente; de nada servem os discursos incendiários que rechaçam a presença do fascismo nas aulas galegas sem os acompanhar da imprescindível resposta que, sem complexos nem cobardia, denuncie e faga frente ao inimigo.

Em AGIR assim o tentamos fazer, sempre com firmeza nos princípios e prática conseqüente.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.