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Laerte Braga

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Livre expressão

Cai a máscara tucana

Laerte Braga - Publicado: Quinta, 08 Agosto 2013 16:46

O encontro entre o ex-governador José Serra e um executivo da SIEMENS para fechar o negócio dos trens do metrô paulista foi realizado em Amsterdã, Holanda, em 2008. Não é surpresa.


Os grandes negócios da corrupção no Brasil são realizados no exterior, longe dos olhos dos brasileiros e de eventuais riscos de virem a ser descobertos.

O diretor da SIEMENS, Nelson Branco Marchetti, afirma que encontrou Serra, então governador e que este estava em companhia de José Luís Portella, secretário de Transportes Metropolitanos num congresso do setor ferroviário naquela cidade holandesa.

A SIEMENS e a CAF (espanhola e candidata de Serra, deve ter pago antecipado) disputavam a licitação para a compra dos trens e o governador deixou claro que preferia a CAF, mas que aceitaria um consórcio entre as empresas que participavam da disputa. A compra foi de 40 trens, negócio milionário e a SIEMENS ameaçava entrar na Justiça se não obtivesse uma fatia no negócio.

Ao final a CAF ficou sozinha, vendeu os trens sozinha e a SIEMENS perdeu todos os recursos administrativos e judiciais que tentou (a justiça de São Paulo com exceções mínimas é conhecida por ser podre).

Segundo o diretor da SIEMENS, que afirmou poder provar sua afirmação, Serra ameaçou cancelar a licitação caso a CAF não fosse a vencedora. Ao final da conversa os líderes mafiosos/tucanos acabaram aceitando a idéia de dividir a aquisição dos trens entre a SIEMENS e a CAF.

Todas as revelações sobre esse escândalo dos governos Covas, Alkmin e Serra têm sido feitas pela SIEMENS, foram reveladas anos atrás pela ALSTOM (que teve seus diretores punidos na Europa, no Brasil não) e todas essas empresas, um total bem maior que essas três, contribuíam em caráter permanente para as campanhas eleitorais do PSDB.

Os negócios foram levados a outros governos tucanos, como o de José Roberto Arruda, em Brasília e que acabou preso e destituído do cargo. Arruda seria o vice de Serra nas eleições presidenciais de 2010.

O CADE, Centro Administrativo de Defesa Econômica é quem investiga o assunto e a Justiça negou ao governador Alckmin detalhes acesso aos documentos objetos de investigações. O receio, lógico, é adulteração, intimidação de executivos de empresas ou um grande acordo entre os interessados. O que poderia acontecer, é característica tucana, pois via de regra, mesmos os que se declaram ateus, depois confessam e comungam sendo perdoados pela OPUS DEI. Os fins justificam os meios.

A SIEMENS e a ALSTON chegaram a fazer um acordo para dividir o negócio caso a empresa alemã vencesse a concorrência.

O mais incrível disso, no entanto, é que a exemplo que aconteceu com a PRIVATARIA TUCANA, revelações de irregularidades sobre o processo de privatizações do governo FHC, a "dica" do escândalo do metrô paulista foi dada pelo esquema do senador Aécio Neves, tucano, rival de Serra e que, num dado momento percebeu que o atual governador de São Paulo manobrava para ser ele o candidato a presidente da República e não o mineiro, como parecia acertado.

Aécio tem canais dentro do governo, apoiou Lula nas suas duas eleições e Dilma, embora de pública dissesse o contrário e como quem não quer nada passou informações através de terceiros a jornalistas, que revelaram o golpe tucano.

Segundo Serra tem dito a seus partidários, haverá troco.

Nessa podridão toda entra a REDE GLOBO, ou o GRUPO GLOBO, maior grupo de comunicação do Brasil, com um débito de quase um bilhão com o fisco (sonegou) e uma intensa campanha popular nas manifestações públicas contra o seu caráter venal revelado a cada noticiário de seus canais.

Dessa vez tentou, mas não conseguiu segurar o escândalo. Está na reta das acusações também. E mesmo usando de eufemismos para atenuar o noticiário não teve como esconder os fatos. Ao invés de dizer roubalheira tucana seria mais ou menos como dizer que Bin Laden "usava recursos duvidosos em sua luta". Evitando o termo terrorista (o que não era).

Vários jornalistas já perceberam que a ficha não caiu para os tucanos, às vésperas das eleições de 2014 e o processo político que há um mês tomava um rumo, Dilma despencando, começa a reverter a favor da presidente, embora não se saiba quem é o pior, se Dilma, ou qualquer tucano.

A vantagem de Dilma é que não mete a mão no bolso de ninguém. Serra bate carteiras, Alckmin sorri e diz que não sabe de nada, FHC intensificou o consumo de charutos e Aécio confunde poeira com outro tipo de pó.

A GLOBO dá a entender que assume ares de seriedade enquanto busca meios de varrer para debaixo do tapete toda a sujeirada que permeia o grupo desde a sua fundação.

O auditor que está com o processo de sonegação da GLOBO (comprou uma funcionário para sumir com o mesmo) prometeu entrega-lo em uma semana a despeito das ameaças de morte.

No meio televisivo isso não é novidade. Uma atriz deixou de receber o cachê, noutra rede, por recusar-se a sair com o diretor e botou a boca no trombone, o programa "é todo armado e serve para a prostituição". No caso da GLOBO são as primeiras filas dos programas de auditório. Só sobrevivem as que aceitam a regras que envolvem negócios com executivos. As que recusam passeiam.

O que vai acontecer ao Brasil em meio às perspectivas de protestos populares é uma incógnita, até porque, Dilma Rousseff está fatiando o País e entregando cada pedaço do bolo ao mesmo esquema.

A corrupção era visível e todos sabiam, apenas explodiu. Mas a eventual queda da GLOBO abre espaços para uma nova lei de meios.


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