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Laerte Braga

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Teoria da conspiração

Laerte Braga - Publicado: Quarta, 13 Fevereiro 2013 15:54

As sucessivas perdas e escândalos que sofre a Igreja Católica Apostólica Romana desde a ascensão de João Paulo II, o papa do show, do espetáculo, a submissão aos interesses das grandes potenciais ocidentais, banqueiros, grandes empresas, em países como o Brasil (boa parte) ao latifúndio, chegam agora a um ponto imprevisto, a renúncia de um papa, Bento XVI, uma das mais proeminentes figuras da OPUS DEI, ordem religiosa de extrema-direita e ações terroristas.


No Brasil tem sob controle o jornal ESTADO DE SÃO PAULO e o governador Geraldo Alckmin (os visíveis) e banqueiros, empresários e latifundiários, os invisíveis. Estende-se a toda a América Latina, inclusive o grupo OPINIÓN, na Argentina. São muitos os pontos que se encontram em comum entre a OPUS DEI e as Organizações GLOBO.

Quem quer que tenha prestado atenção ao noticiário do dia seguinte ao anúncio da renúncia do papa, vai perceber que a preocupação da grande mídia, a chamada mídia de mercado, antes de analisar, e reforçar a condição precária de Bento XVI, dar ênfase ao fato de usar um marca passo e deitar infográficos sobre como o próximo papa será eleito, quem participa, quem vota, e a velha história que um brasileiro pode vir a ser papa, além do erro comum a todos os veículos de citar D. Cláudio Hummes, cardeal arcebispo de São Paulo, como emérito, ou seja, aposentado. O cardeal arcebispo emérito daquela cidade é D. Paulo Evaristo Arns.

Essa sofreguidão com que se atiram a tentar desviar o foco de um debate real sobre a renúncia do papa é fácil de explicar, até na própria declaração de um cardeal sobre "afastar a hipótese de teoria da conspiração".

Houve quem publicasse declarações antigas de Bento XVI sobre o temor de vir a ser eleito após a morte do show man João Paulo II, por achar pesado demais o "fardo". Já no dia seguinte ao da morte de João Paulo II o cardeal Ratzinger, num discurso oficial em Roma, praticamente se impunha como papa e não deixava margem a dúvidas quanto a suas ambições, seus propósitos de continuidade dos caminhos de extrema-direita do comando da Igreja Católica, desde a morte de João Paulo I, que sucumbiu às pressões da Cúria Romana, como é chamada a burocracia do Vaticano, que exigia uma guinada.

Essa guinada tinha o cheiro e a cor dos dólares norte-americanos que elegeram o cardeal Karol Wojtila – João Paulo II – e se voltava contra a Teologia da Libertação, movimento surgido na América Latina, que reforçava a opção preferencial pelos excluídos, definida por João
XXIII.

João Paulo II significou a volta da igreja aos tacões nazistas da OPUS DEI, aos interesses políticos dos norte-americanos e tudo o que representam e Bento XVI era a continuidade dessas práticas. Com uma diferença. João Paulo II disfarçava sua crueldade com marketing e espetáculo e Bento XVI não tem essa característica, sua formação foi na juventude hitlerista.

Para se ter uma ideia da decadência da Igreja Católica apenas 2% da população de Jerusalém, cidade santa para três religiões monoteístas (islamismo, judaísmo e cristianismo) é cristã. Na Europa o Islã cresce em proporções que assustam os governos de países da chamada União Européia e noutra ponta, os EUA exportaram desde a década de 60 o neopentecostalismo, hoje um dos mais prósperos negócios do mundo cristão aqui, em países latino americanos, africanos, em Israel (com o beneplácito dos terroristas que governam o país) e na Ásia.

Nem mesmo, no caso do Brasil, um braço neopentecostal, a chamada RENOVAÇÃO CARISMÁTICA, conseguiu deter o avanço de seitas e coisas que tais. A isso se soma a série de escândalos de pedofilia em todas as partes do mundo, o cinismo com que Bento XVI tratou o problema, as constantes acusações (existem desde João Paulo II de associação criminosa do Banco do Vaticano, um cardeal, Marcinkus chegou a ter sua prisão preventiva decretada pela justiça da Itália) de fraudes bancárias, a associação a cassinos em algumas partes do mundo e o imenso patrimônio da Igreja gerido em meio a uma crise financeira que afeta o próprio
Vaticano, hoje uma terra de ninguém

Em meio a isso tudo não se pode esquecer do mordomo. É capital em toda novela policial ou não. O de Bento XVI vendeu segredos para a mídia, foi destituído e preso. Há pouco mais de um mês recebeu a visita do próprio papa na prisão. O Vaticano falou em perdão. Na prática era a busca de um acordo, pois como todo chantagista competente, o mordomo dispunha, como dispõe, de dados estrategicamente espalhados pelo mundo, suficientes para mostrar a podridão no Vaticano.

Bento XVI vai oficializar sua renúncia no dia 28 de fevereiro, a quinta de um papa, por absoluta incapacidade de gerir a massa falida moralmente que é o Estado do Vaticano e a Igreja Católica Romana a partir da Cúria da velha capital italiana.

Entre expor-se ao escândalo, a OPUS DEI prefere perder o anel a perder os dedos.

Não se trata de teoria da conspiração. É a pura realidade de uma organização que começa a mostrar sua podridão e sua absoluta falta de conhecimento da realidade atual, desde o momento que Marcinkus comprou a eleição de Wojtila, João Paulo II, transformou a Igreja num grande espetáculo e abriu as portas para sucessivos escândalos.

Resistência sempre existiu e permanece. O que ainda resta conseguiu escapar da crueldade de João Paulo II (o "santo súbito") e do rigor nazista de Bento XVI. O que vem agora é imprevisível. A OPUS DEI vai lutar e deve manter o controle dos negócios, mas começa a dar mostras que a falência é inevitável se os rumos forem mantidos.

É só olhar à volta para perceber que passado o impacto da notícia, a renúncia de Bento XVI, nenhuma comoção. Não é mais como em anos atrás. "Quando Roma fala o mundo se cala". Essa Roma hoje não existe mais. E Bento XVI sai escorado na "fadiga", no "cansaço", no duro mesmo nas tais forças ocultas que um dia fizeram um presidente brasileiro renunciar..


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