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Belém Grandal

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Em coluna

Inteligência natural criadora ou inteligência contra natura

Belém Grandal - Publicado: Sexta, 24 Agosto 2012 16:43

Inteligência é umha capacidade que emana da própria condiçom humana, através da utilizaçom da percepçom e a memória permite assimilar a realidade exterior, analisá-la, e a partir deste proceso extrair conclusons, quer dizer, a capacidade de pensar, razonar, compreender e elaborar informaçons resolvendo problemas que se presentan no decurso vital da nossa existência.


Os humanos somos seres gregários, mas nom completamente. Precisamos dum equilíbrio entre o desenvolvimento e enriquecimento do ser individual e a nossa natureza social ou gregária. O equilíbrio entre estas duas tendências som indispensáveis, e devem ser complementadas, nom apenas para a conservaçom e preservaçom da nossa espécie, quer também para o nosso progresso, e enriquecimento ligado ao entorno natural do que emergimos em que moramos, e do qual dependemos para viver, e continuar a nos reproduzir como espécie.

É assim que, se este equilíbrio for perturbado, do mesmo jeito que for perturbado ou alterado o entorno natural do que provimos pode provocar graves e insalváveis deterioros, qualquer uns deles, irreversíveis , como os que na atualidade conhecemos e que nos conduz, de nom mudar de rumo, à destruiçom e desapariçom da inteligência, da nossa natureza humana, da natureza da que emergimos e que nos nutre, e proporciona a vida e portanto também do planeta que habitamos.

Qual é a definiçom de inteligência natural criadora?

Denominamos inteligência natural criadora aquela que se desenvolve e e xpressa, mantendo o equilíbrio entre as das duas tendências ou condiçons do ser, a individual e a social, mas também nom é possível esquecermo-nos do mundo natural do que fazemos parte, para permitir o livre e normal desenvolvimento das diversas e múltiplas potencialidades, condiçons e habilidades que o ser humano possue ou tem possibilidades de adquirir ao longo do seu percurso vital.

Cá, temos de falar de inteligência emocional, espacial, artística, musical, lógica-matemática, lingüística, etcétera. Todas a se integrarem na denominada INTELIGÊNCIA com suas inter-relaçons e interaçons. Mas, sem esquecer, também, que todas ficam ancoradas numha realidade ou experiência prévia e a posteriori.

A inteligência tem de ser vinculada diretamente a umha experiência concreta, a umha acçom determinada, para demostrar a validez das conclusons, eleiçons e afirmaçons realizadas após analisar e assimilar as premisas das que partimos no conhecimento da realidade, em primeira instância. Se ficam fora dela, nom servem para nada, som meras elucubraçons teóricas ausentes de conteúdo, sem qualquer validez, e que ao fim esvaem no espaço galático.

Todas estas experiências concretas surgem do entorno que nos arrodeia, e dumha natureza social ou gregária que como já dixemos define em grande medida ao ser humano.

Quando a inteligência progrede sempre com o alvo de mantermos o equilíbrio e a inte-relaçom entre as tres naturezas interdependentes: individual, social e física-espacial ou natural, estamos a falar de inteligência natural construtora. Já que esta permite o desenvolvimento em toda sua amplitude da riqueza inteletual, da consciência como motor da inteligência e da dignidade piar em que se fundamentam a consciência e a inteligência. Se o equilíbrio entre todas estas facetas é adecuado, podemos falar da emancipaçom da nossa espécie para medrarmos como seres humanos.

E como definimos a inteligência contra-natura destrutora?

Enquanto a inteligência rompe a inter-relaçome interaçom dalgumha dessas tres naturezas interdependentes: individual-social-entorno, ou mesmo dá prioridade algumha delas em detrimento das demais, ou quer destrue, quer distorsiona qualquer umha das tres e desequilibra esta terna, é causa assim dumha alteraçom que produz umha mudança perigosa, que de nom se reverter dito equilíbrio, obtemos como resultado o que denominamos umha inteligência contra-natural destrutora e aniquiladora da nossa espécie , do planeta que habitamos, das sociedades atuais, por mor dum sistema criminoso em que a imensa maioria da humanidade é obrigada a viver, e se desenvolver numha grande precariedade.

Quais som os fatores que podem levar à perda desse equilíbrio?

Existem tres fatores de grande importância que desequilibram esta triple natureza e pervirtem a inteligência natural criadora.

1. A primacia do ser individual sobre o social, na procura da mercadoria que melhor se adapte às necessidades de cada quem. A satisfaçom primeira dos praceres humanos superfluos. De possuirmos, de cada vez, mais e mais objectos que encham as nossas vidas para o que é preciso anular e neutralizar a consciência, um dos motores da inteligência, e além disso é afastada, esta, da ligaçom necessária com o entorno natural.

Deste jeito é possível degradá-lo porque o ser individual é prioritário sobre as outras duas naturezas: ser social e entorno natural. Aliás estas mercadorias que devem encher a vida andam a se extrairem de jeito abusivo do entorno natural o que provoca sua degradaçom.

2. A primacia do ser social, após neutralizada, anulada e manipulada a inteligência individual, é singelo torná-lo en ser únicamente gregário. Mas cá, o termo gregário tem umha conotaçom pexorativa, pois tem como elemento definidor a imposiçom dumha homogeneidade por parte das elites ou castas poderosas, que involucra a todo o rebanho, evitando qualquer umha capacidade de pensar por sí próprias as individualidades, nem de possuir qualquer atitude crítica perante as situaçons que se presentam no caminho da nossa existência.

A individualidade apenas faz sentido enquanto for integrada na homogeneidade gregária ou social do rebanho. O mercado com suas mercadorias semelha proporcionar diversidade, mas apenas é apariência, pois o mercado está controlado e dominado por elites gregárias poderosas que impidem ficar fora do rumbo caótico por elas traçado.

3. O terceiro fator deriva das duas naturezas anteriores, pois a natureza humana emerge diretamente da natureza ou espaço físico em que habitamos. Nele nascemos, medramos e nos desenvolvemos, para progredirmos, se nos é permitido. Mas, está a ser destruido, expoliados os seus recursos, degradado em extremo este entorno, e mesmo aniquilado, com o intuito de dar primacia e satisfacer os instintos da individualidade, integrada no gregarismo do rebanho, que através da homogeneidade capitalista imperante produz a satisfaçom das mesmas necessidades criadas para todas e todos.

Tudo isto, após serem neutralizadas as consciências , fundamento da inteligência natural criadora. Estas necessidades som mercadorias extraidas dum espaço físico ou entorno que venho de citar, de nom se reverter esta situaçom de deterioro do nosso habitat, a vida inteligente criadora acabará por se esvair . Enquanto ficar a inteligência contra-natura a destruiçom há ser total, com certeza.
Quem é culpável desta decadência da inteligência natural construtora e a preeminência da inteligência contra-natura destrutora ou anti-inteligência ?

Umha sociedade submissa, em decadência, passiva, inativa, controlada e manipulada sobejamente, neutralizada e anulada sua consciência criadora, piar principal da inteligência natural e construtora, sob os ditados dumhas elites parasites, dominadoras, opressoras e exploradoras da imensa maioria da humanidade, quer dizer, da classe trabalhadora, da única classe que pode fazer progredir com normalidade nossa espécie, mantendo um equilíbrio sustentável.

Umha sociedade doente que acata os mandados dessa minoria poderosa, sem expressar apenas qualquer um protesto, sem erguer a voz e o punho para esnaquizar todas essas estruturas que obstaculizam o desenvolvimento equilibrado do ser individual e social, em conjunçom com a seiva natural que engendra, nutre e proporciona vida.

É mesmo assim que o sistema criminal capitalista em que estamos imersas e imersos , tenta deitar abaixo a dignidade, fundamento essencial para evitar anular consciências que ainda ficam livres, e impedir, pois, um desenvolvimento normal da inteligência natural criativa e construtora, para torná-la em inteligência contra-natura destrutora ou anti-inteligência, que conjuga em seu interior egoismo, iniquidade, ruindade, pensamento destrutivo e aniquilador da espécie humana, quer dizer, umha perversa relaçom de ódio face a humanidade trabalhadora, criadora, construtora da vida, porque ele próprio, o sistema capitalista é um dos ginetes do apocalipse, portador da morte no rosto e da destruiçom nas entranhas.

Qual é o percurso para arrumar no caminho certo?

Os portadores do mal, aqueles que moram na cima da estrutura piramidal criada por eles próprios a extrairem benefícios da imensa maioria da humanidade, também para sí próprios, possuem umha substância muito eficaz que destrói e altera as funçons vitais cognitivas e inteletivas, ficando assim estas enfraquecidas. Um veneno que se denomi na medo ou terror e que tenta primeiro derrubar a dignidade, piar essencial dumha consciência firme e forte com capacidade para dinamizar a inteligência criativa e construtora.

Sem a primeira, as outras duas ficam muito deterioradas e quase inservíveis. A dignidade pode ser derrubada ao se tornarem as pessoas em simples objectos ou mercadorias às que tem de se lhe extrair qualquer um benefício ou proveito e este proveito tem de recair, nesta sociedade e sistema capitalista, nas castes poderosas, opressoras e exploradoras.

Depois de conhecermos todas estas fases no processo aniquilador que o sistema capitalista utiliza à respeito da inteligência para entronizar a anti-inteligência ou inteligência contra-natura e destrutiva, nom podemos deixar-nos vencer por esta substância venenosa denominada medo, que quer enfraquecer a dignidade como motor da consciência ativa e dinamizadora da inteligência natural, criativa e construtora, pois esta é a única possibilidade de que o ciclo vital atue de forma continuada sem perder a sua cadência, evitando a destruiçom da enriquecedora e heterogênea biodiversidade humana da que emana a própria dignidade.

Este há ser o único jeito de manter um livre desenvolvimento da consciência como piar da inteligência construtiva que favoreza nossa emancipaçom individual e social em conjunçom com a natureza ou entorno que nos engendra , nutre e alimenta para libertar-nos de vez das cadeas destrutivas e aniquiladoras do capitalismo.


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