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Laerte Braga

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Livre expressão

Pela porta dos fundos

Laerte Braga - Publicado: Segunda, 20 Agosto 2012 02:40

A polícia britânica tentou invadir a embaixada do Equador e prender Julian Assange pela saída de emergência. Só não conseguiu face ao grande número de manifestantes em torno do prédio. A tentativa é típica de um império falido, hoje transformado em principal colônia dos Estados Unidos na União Européia.


A outrora Grã Bretanha, a agora "Micro-Bretanha", precisa definição do jornalista brasileiro Milton Temer.

As acusações de crimes sexuais contra Assange na Suécia haviam sido arquivadas após os depoimentos das supostas vítimas e a apresentação em juízo dos comentários de ambas sobre o relacionamento com Assange. São públicos, foram feitos na rede mundial de computadores. Uma promotora de Estocolmo, aí já sob pressão do seu governo, intimado pelo governo dos EUA (a Suécia também é colônia), avocou a si o caso, reabriu o inquérito e iniciou o processo que tem por fim deportar Assange para os EUA e lá, em julgamento farsa condená-lo à morte.

Em declaração feita da sacada do prédio da embaixada do Equador Assange pediu bom senso ao presidente Barack Obama e o "fim da caça às bruxas do Wikileaks". Criticou a opressão sobre a mídia livre e deixou claro que o mundo estará doente enquanto persistir esse tipo de ação dos norte-americanos.

Há dois aspectos importantes a serem considerados. O primeiro deles o desrespeito confesso das autoridades britânicas aos tratados internacionais sobre asilo, quando buscam explicações que possam justificar uma invasão da embaixada do Equador e a prisão de Assange.

O segundo deles a possibilidade de norte-americanos tentarem um golpe de estado no Equador. As forças armadas equatorianas, como de resto as forças armadas da maioria dos países latino americanos, são subordinadas a Washington e a hipótese não pode ser excluída.

Quando do bombardeio por forças colombianas do acampamento onde estavam estudantes de vários países e o chanceler das FARCs Raul Reyes, os militares equatorianos sabiam que o fato aconteceria e não se manifestaram, pelo contrário, deixaram o local sem cobertura, território equatoriano, em absoluta cumplicidade.

Assange pediu a libertação de Brad Manning, o soldado norte-americano acusado de ter passado ao WIKILEAKS os documentos secretos que estão sendo divulgados gradativamente pelo site. Manning está preso incomunicável e em condições deploráveis no país que segundo Milt Romney, candidato republicano a presidência, "foi criado por Deus para guiar o mundo".

Por que a fúria, a insânia de norte-americanos (são insanos em esmagadora maioria), a subserviência de ingleses e suecos no caso Assange?

O WIKILEAKS expõe as vísceras podres e criminosas, genocidas de potências mundiais que formam o conglomerado terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO HUMANITÁRIO S/A.

A guerra como grande negócio para tentar superar a falência do capitalismo, o poder do império, do terrorismo de Estado.

E não importa que a grande mídia, a mídia de mercado, se omita sobre esses documentos, afinal, ela é parte desse conglomerado, é podre, Um dos principais jornalistas da GLOBO, o maior braço da mídia norte-americana/israelense no Brasil, William Waack é um dos analistas preferidos de Hilary Clinton para questões que digam respeito ao nosso País. O fato foi revelado pelo WIKILEAKS.

Assange, através do WIKILEAKS, rompe o muro da hipocrisia norte-americana e sionista. Expõe os propósitos reais do conglomerado terrorista que se espalha por todo o mundo na forma de guerra, campos de concentração, mídia domesticada e transformada em instrumento de dominação, assassinatos seletivos, torturas, saque de recursos naturais dos povos em qualquer lugar e que até então recheavam essas ações de barbárie com o discurso da democracia, ou o imbecilidade dita por Milt Romney, um escroque das finanças internacionais ávido de chegar à Casa Branca para melhor interpretar – sem escrúpulo algum, Obama ainda serve cerveja às vítimas – toda essa sanha capitalista.

Não vi posição do governo brasileiro sobre o caso. Dilma Roussef é um dos maiores embustes da política brasileira. Retomou a agenda de privatizações que disfarça com o eufemismo concessões e segue a linha tucana de governo.

Temos uma política externa de submissão absoluta aos interesses do conglomerado terrorista que controla a maior parte do planeta.

Somos cada vez mais um País dependente de tecnologias desse império de barbáries o que significa dizer que não somos capazes de caminhar por nossas próprias pernas.

O desmonte dos serviços públicos retoma com força total nesse momento. É essencial para que quando ficarmos de joelhos ninguém se aventure a desafiar o poder de Washington/Tel Aviv.

Somos um País que não temos munição, palavras de um general, para uma hora de guerra e contra Paraguai.

O caso Assange é o retrato pronto e acabado, sem retoques da violência que caracteriza o mundo nos dias atuais.

Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria. Os golpes em Honduras e no Paraguai, as tentativas contra Chávez e Evo Morales e agora na lista dos terroristas do conglomerado o presidente do Equador Rafael Corrêa que concedeu asilo a Assange.

A Austrália, país onde Assange nasceu, já dobrou os joelhos desde o início, é colônia.

Em jogo um direito fundamental, o do asilo político por crime de opinião. A acusação de crimes sexuais é apenas um disfarce para justificar a barbárie. Foi assim com as armas químicas e biológicas do Iraque, tem sido com a "bomba atômica" do Irã, vai continuar a ser assim na construção de uma nova idade média, a da tecnologia. Os castelos dos senhores e os servos ao redor.

O Brasil no momento Dilma trilha aceleradamente o caminho dos servos.

A globalização, cada vez mais se mostra "globalitarização" como disse o brasileiro Milton Santos.

Os britânicos, o império onde o sol não se punha, neste momento, tentam entrar pela porta dos fundos, violando o direito internacional e mostrando toda a arrogância, única coisa que restou a um leão desdentado.

Nem por isso menos perigoso.


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