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Laerte Braga

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Livre expressão

Obama: o rabo entre as pernas e a altivez argentina de Cristina

Laerte Braga - Publicado: Terça, 17 Abril 2012 23:56

Laerte Braga

O presidente dos EUA Barack Obama cometeu o mesmo erro de Richard Nixon em 1960 quando iniciou sua campanha eleitoral no exterior visitando países da América Latina, particularmente da América do Sul. O que o Obama pretendia era falar para dentro, mostrar força. Foi buscar lá e saiu tosquiado por conta de uma pequena ilha, Cuba, símbolo da independência latino-americana.


Nixon foi recebido com ovos podres e tomates em Caracas, na Venezuela. Não variou o comportamento das pessoas em 1960, noutros países.

Um constrangimento semelhante passou o presidente Eisenhower em sua visita ao Brasil, em 1960, a convite do presidente JK. Ao desfilar em carro aberto por uma das avenidas do Rio deparou-se com um imenso cartaz colocado pela UNE – no tempo que era representante dos estudantes universitários e força política no Brasil – saudando a revolução castrista.

A resposta de Eisenhower aos jornalistas foi simples – "nós gostamos dele, ele é que não gosta de nós".

Como é possível gostar de um governo que, à época. Interveio descaradamente em vários países latino-americanos, sustentava ditaduras como as de Trujilo, Somoza e outros e hoje transforma o estado narco/terrorista da Colômbia em principal aliado nesta parte do mundo.

O estrago que Bush fez aos EUA com sua política de texano montado em bombas despejadas sobre o Iraque e o Afeganistão, noutra dimensão Menem e Fernando Henrique Cardoso causaram a Argentina e ao Brasil, todo esse processo dentro de um contexto que tinha na ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – e bases militares espalhadas por todos os cantos da América Latina. E Sebastián Piñera faz o mesmo, agora, no Chile.

As ausências de chefes de estado e governo foram fatais para o fracasso da Conferência das Américas, a falta de uma nota final como é costume nesses eventos, os regressos antecipados de alguns governantes e um sonoro não ao bloqueio contra Cuba.

Nixon perdeu as eleições para Kennedy, a bem da verdade por poucos votos no escrutínio popular e votos seguros no colégio eleitoral.

Obama prepara-se para enfrentar Milt Romney, um republicano cujo maior prazer, segundo ele próprio, "e demitir". È o caminho mais curto para um empresário, o republicano é empresário, chegar à capa do TIMES como homem do ano na tarefa de recuperar empresas. Os EUA são um complexo militar e industrial. A guerra virou negócio, Boa parte das tarefas militares é terceirizada. Empresas sobrepõem-se ao Estado. O próprio Obama falou que só conseguiria romper sete por centro dos contratos celebrados por Bush.

Só no estado da Califórnia existem 90 mil miseráveis morando embaixo de túneis, viadutos, sob constante repressão policial e pela caridade de ONGs que ao final de cada exercício financeiro descontam cada sanduíche do imposto de renda a ser pago. Executivos da General Motors recebem bônus pela quase falência.

Num dos eventos do Fórum Social Mundial de 2003, num Gigantinho lotado – o ginásio do Internacional – a freira católica irmã Xerife disse o seguinte – "Deus nos abençoou com uma riqueza, o petróleo. E essa nossa maior riqueza é a razão de nosso maior desassossego." E malgrado as críticas feitas ao governo de Saúdam Hussein, afirmou taxativamente que a diversidade religiosa era respeitada e garantida pelo Estado, sem excluir o caráter de ditadura do regime de Saddam; E observadas às características do país, sua cultura, suas tradições, no Iraque não havia fome.

Oriente Médio e América Latina é alvo preferencial dos EUA. Não foi sem motivo que Al Gore, vice-presidente de Clinton e derrotado fraudulentamente por Bush disse que o Brasil teria que partilhar a Amazônia que "é um bem universal e não pode ser propriedade de um só país".

A visita da secretária de Estado norte-americana ao Brasil para falar a empresários brasileiros sobre um acordo de livre comércio bilateral entre os dois países segue o mesmo roteiro que presenteou a Colômbia e o Chile com esses cavalos de Troia.

Hillary nem disfarçou, foi direto ao pré-sal falando sobre um "futuro glorioso" desde que associado a empresas norte-americanas.

Empresários não têm pátria. Reportam-se ao lucro. A ilusão Iene Batista, a ação criminosa de Daniel Dantas, de Nasce Najas e outros detentores da maioria do Congresso Nacional. As grandes empresas como VALE, EMBRAER, os britânicos que controlam o nióbio, a cumplicidade de um poder Judiciário revelada num acordo entre o então presidente do STJ, um sionista, que deu um chilique numa baixa eletrônico e o desespero dos bancos para sair do Código de Defesa do Consumidor. As empreiteiras que se regalam nas obras para a Copa do Mundo – dentre elas a DELTA, de Carlos Cachoeira. O acordo de livre comércio firmado pelo governo Lula com o Estado terrorista de Israel e a presença de agentes da MOSSAD em nosso país atuando livremente, treinando policiais brasileiros, enfim, toda essa gama de concessões disfarçadas de potência emergente, incluem o Brasil no que os americanos chamam de Grande Colômbia que, por sua vez, leva a Amazônia Brasileira.

O acordo militar refeito com os EUA e a total dependência de tecnologia no setor bélico – Israel controla a parte estratégica do setor no Brasil – é o corolário da visita de Hillary Clinton.

No ocaso de sua carreira política, vai deixar o cargo se Obama for reeleito, veio dizer aos empresários, aos banqueiros, aos latifundiários que esta parte do mundo não está esquecida e seus direitos e privilégios serão garantidos, não importa que a presidente grite com seus ministros e assessores, ou que vote uma lei que vira presidenta, num ridículo sem tamanho, que não acrescenta nada à luta das mulheres brasileiras.

Cristina Kirchner está retomando a Argentina para os argentinos. A reestatização do petróleo é seguida pela reforma que responsabiliza os meios de comunicação do país por mentiras como as que VEJA publica por aqui todas as semanas e a GLOBO vende diariamente através de seus diversos veículos e significa que caminhos seguros e responsáveis para o povo argentino serão tomados em mudanças expressivas apagando o período Menem. Democratização das comunicações.

Pouco importam as retaliações da Espanha, ou da Comunidade Europeia. Ainda hã o ajuste de contas das ilhas Malvinas, ocupadas pelo colonialismo britânico.

Os argentinos, por seu governo, não estão apenas preocupados com a guerra cambial objeto de discursos constantes da presidente brasileira, dentro da lógica neoliberal que governa o mundo a partir de Wall Street

A impressão que se tem é que o PT – Partido dos Trabalhadores – mudou-se para a Argentina, pois aqui está igualzinho ao PSDB. As armações que de que fala o ex-ministro José Dirceu são chumbo trocado e a disputa real é pelo botim. Tipo 28 lanchas pagas antecipadamente, antes de serem entregues e em seguida um pedido de ajuda para a campanha eleitoral.

Obama voltou com o rabo entre as pernas, mas Cristina saiu engrandecida. Nós? Estamos incluídos no plano Grande Colômbia.

Que venha a Espanha e seus canhões de país falido e governado pela extrema-direita, o mais alto índice de desemprego de sua história.

Mas que, pelo menos tragam Paco de Lucia e não o rei idiota que paga cinco mil dólares por búfalos abatido numa reserva de caça na Suíça.

E que se vá Hillary uma triste vela apagada de quem um dia sonhou ser presidente dos EUA.

Quanto aos nossos empresários, banqueiros e latifundiários? Ou os enfrentamos, ou vamos sucumbir ao império do narco/terrorismo colombiano controlado por Washington, por mais que sejam tronitroantes os gritos de Dilma. Ou os planos de Mantega. Patriot corre e põe panos quentes em tudo.


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