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250115 baEsquerda - Diretor-geral adjunto da OMS adverte que apesar de o número de contágios estar a diminuir, enquanto houver um único caso, o perigo permanece. Surto no oeste da África já provocou 8.700 mortes.


A complacência é o pior inimigo da luta contra o ébola, advertiu na sexta-feira o diretor-geral adjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) responsável pela resposta operacional à epidemia. Bruce Aylward recordou que apesar de o número de contágios estar a diminuir, enquanto houver um único caso, o perigo continuará a existir.

"Eu faço esta analogia: Há seis meses havia duas cobras na cama e ninguém se podia deitar. Agora só há uma, mas isso não significa que possamos apagar a luz e ir dormir", afirmou em conferência de imprensa.

Redução de contágios

Os pouco mais de seis meses de combate à epidemia que assola a Guiné, a Libéria e a Serra Leoa deram os seus frutos e, pela primeira vez desde que começou o surto, verificaram-se quatro semanas seguidas de redução de contágios nos três países.

Nos últimos 21 dias (o período de incubação do vírus) contabilizaram-se 463 casos confirmados, suspeitos e prováveis na Serra Leoa, 109 na Guiné e 21 na Libéria, "o que constitui uma redução substancial", afirmou. "No entanto, estamos preocupados porque o objetivo deve ser unicamente o de reduzir os casos a zero", destacou.

A contabilidade da epidemia é terrorífica: 21.797 casos (suspeitos, prováveis e confirmados) e quase 8.700 mortes por este primeiro surto no oeste da África. Um dos aspetos mais preocupantes atualmente é que só 50 por cento das infeções registadas provêm de alguma corrente de transmissão conhecida. "Se não se conhece a corrente de transmissão, não há controlo, não se sabe onde está o foco", sublinhou Aylward.

Falta de pessoal no terreno

A luta contra a epidemia está em perigo por causa da falta de recursos humanos e financeiros. O responsável da OMS explicou que o orçamento para os próximos seis meses é de 1.500 milhões de dólares, dos quais até a data só entraram 482 milhões. Especificamente, a OMS precisa de 350 milhões e só obteve 260, com os quais pode operar até fevereiro, advertiu.

"Temos dinheiro agora, mas não se anunciaram novas contribuições, uma situação muito preocupante, porque o vírus continua aí, contagiando e matando pessoas", alertou. Aylward explicou, além disso, que falta pessoal no terreno: a OMS considera que deveria contar com um milhar de pessoas a trabalhar mas só tem umas 700.

"Não devemos esquecer de que isto começou com um caso"

Questionado sobre se há possibilidade de que a doença se expanda, Aylward respondeu com um contundente "evidentemente". "O risco de expandir-se para outro país é substancial", afirmou. "Não devemos esquecer que tudo isto começou com apenas um caso. Não podemos cair numa falsa sensação de segurança. Enquanto houver um único caso, haverá perigo. Com o ébola não existe controlo da doença, somente se não houver nenhum caso", concluiu.


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