"Vemos um ano [1976], quando os EUA violaram uma lei do Senado que proibia os EUA de se envolver na guerra civil angolana, e vimos o Zaire sendo usado como isca para a CIA, e depois disso vimos o surto de Ebola no Zaire. Mesmo ano em que George H. W. Bush era o diretor da CIA", disse Madsen.
"Em 1980, vimos o surto de HIV no Zaire e em Angola, onde a CIA estava operando", disse ele.
"Acredito que precisamos investigar a intensidade do programa de guerra biológico da CIA no Zaire e em Angola entre 1976 e 1980, e o que atingiu Serra Leoa e outros países é o motivo surto do Ebola no Zaire."
Madsen disse que a militarização do esforço dos EUA contra o Ebola na África Ocidental é suspeito. "É muito estranho que os EUA estejam enviando militares enquanto, obviamente, são necessários profissionais de saúde, médicos e outros profissionais de saúde", disse ele.
A CIA e o envolvimento militar norte-americano no uso de patógenos biológicos como armas são bem documentados. Na década de 1970, a prova foi revelada pelo Church Committee.
"Embora essa pesquisa militar tenha sido mantida em alto sigilo, em 1975 a preocupação com milhares de revelações sobre os abusos da Inteligência levaram a uma ampla investigação pelo Church Comittee (CC) do Senado os EUA, que publicou um memorando da CIA listando agentes químicos mortais e toxinas, em seguida armazenadas em Fort Detrick. Estes incluíam o antraz, a encefalite, a tuberculose, o veneno letal da cobra, as toxina dos mariscos e meia dúzia de alimentos venenosos mortais, alguns dos quais, a CC ficou sabendo, haviam sido enviados em 1960 ao Congo e à Cuba de maneira fracassada pela CIA, na tentativa de assassinar Patrice Lumumba e Fidel Castro", escreveu Ellen Ray e Willam H. Schaap escreveram em "Bioterror: Manufacturing Wars the American Way".
Citando os experimentos de sífilis em Tuskegee e de hepatite B em 1978 como precedente, os pesquisadores também acreditam que a CIA está por trás da epidemia de Aids originária da África Centro-Oeste. Muitos africanos proeminentes, incluindo o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki e Wangari Mathai, ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, acreditam que a CIA é responsável por isso.
Na década de 1980, John Stockwell, ex-oficial paramilitar da CIA em Angola, disse que há indícios de que a CIA esteve envolvida na propagação do vírus mortal.
Stockwell sugeriu que a origem da AIDS pode estar ligada a uma vacina em massa contra a varíola conduzida pela Organização Mundial de Saúde, e que a doença tenha sido utilizada pela agência intencionalmente a fim de atingir os homossexuais e os usuários de drogas injetáveis.
Fonte da imagem: CIA