Numa nota, o LAB critica a forma como as administrações hospitalares reagiram à acção de luta convocada por todos os sindicatos com representação no sector, em especial nos hospitais de Santigo e Txagorritxu, ambos em Gasteiz, onde os trabalhadores foram despejados e identificados pela Ertzaintza.

Depois das grandes lutas de Junho, os sindicatos avisaram que o Outono iria ser quente caso não houvesse uma mudança de atitude da parte da administração do Osakidetza. No dia 15, os vários sindicatos - LAB, ELA , SATSE, SME e UGT- representados no sector da Saúde na Comunidade Autónoma Basca (uma das três «secções» administrativas em que se pode dividir Euskal Herria), vendo que nada havia mudado e tendo em conta a «atitude irresponsável» mantida pela administração do Osakidetza, decidiram levantar-se da mesa de negociações.

Numa nota, o LAB afirma que a administração continua a fazer ouvidos moucos às reivindicações dos representantes dos trabalhadores no que se refere ao não aumento da jornada laboral e à criação de emprego público de qualidade. Pelo contrário, «mais uma vez, enchem-nos os ouvidos de palavras ocas», afirma o LAB.

A recusa em contratar mais funcionários está a levar o Osakidetza a um ponto de ruptura, alerta o LAB, que acusa o PNV de desbastar os orçamentos para a Saúde e de gastar essas verbas em coisas como o TGV. «As desculpas não interessam, o que faz falta é vontade política: não se aposta num quadro próprio e a pequena margem de manobra existente é aproveitada para promover políticas anti-sociais», critica o LAB.

O sindicato abertzale faz um triplo apelo: exige sentido de responsabilidade ao Osakidetza; apela ao reforço da unidade de acção entre as forças sindicais; e pede aos trabalhadores e utentes que mantenham a agenda de mobilizações e continuem a lutar pela defesa de um sistema de saúde basco público e de qualidade, onde prime a qualidade dos cuidados prestados e das condições de trabalho.