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7157008476 86ee1f9a73 zFrança - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] No domingo 13 de dezembro, aconteceu o Segundo turno das eleições regionais na França.


Foto: David Oranje (CC BY-NC-ND 2.0)

A Frente Nacional, que havia chegado à frente em seis das 13 regiões em disputa, acabou derrotada nas 13 regiões. Em princípio, essas derrotas poderiam ser interpretadas como um recuo da extrema direita. Mas está longe de ter sido isso. O número de votos obtido pela Frente Nacional passou de seis milhões, no primeiro turno, para 6,6 milhões no segundo turno, um aumento de seiscentos mil votos.

O bipartidarismo está com os dias contados, o que reflete o enfraquecimento do regime político e o aumento das dificuldades da burguesia para controlar o Estado.

O grande vencedor foi o Partido Republicano, liderado pelo ex-presidente Nicolás Sarkozy, com a vitória em sete regiões, inclusive nas duas onde haviam triunfado por longa distância, no primeiro turno, Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional, e sua sobrinha, Marion. Mas ao mesmo tempo o Partido Republicano foi o grande derrotado, pois precisou da ajuda direta do PSF (Partido Socialista Francês). A política impulsionada por Sarkozy tinha como objetivo acelerar a adoção de políticas mais direitistas para crescer eleitoralmente às custas da Frente Nacional. Desta maneira, o triunfo de Sarkozy foi uma espécie de vitória de Pirro.

O Partido Socialista Francês venceu em cinco regiões, o que representou uma grande queda em relação às 12 regiões que governava no período anterior. Em Córsega, foi derrotado por um partido regional soberanista.

As próximas eleições que acontecerão na França serão as eleições presidenciais, no ano próximo. A Frente Nacional tende a continuar concentrando a extrema direita por meio de políticas abertamente fascistoides e com o crescente apoio financeiro dos monopólios. O fortalecimento da extrema direita representa a política desesperada da burguesia imperialista por causa do acelerado aprofundamento da crise capitalista.

O movimento operário francês ainda não acordou do longo sono neoliberal. Mas as tradições de luta são de longa data e as organizações da classe operária são poderosas e de caráter nacional.

A esquerda francesa, assim como acontece com a esquerda mundial, ou bem se encontra integrada ao regime burguês ou está desligada ao movimento de massas e envolvida em enorme confusão. As massas trabalhadoras deverão entrar em movimento no próximo período impulsionadas pela crise capitalista. Na Europa, a crise avança a passos largos sobre o coração do capitalismo europeu, a Alemanha, que também conta com uma classe operária poderosíssima. Esta será a base para o surgimento de uma nova esquerda revolucionária na Europa e no mundo.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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