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alanDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] Os CDS (credit default swap) foram inventados pelo banco JP Morgan, em 1994, com o objetivo de especular em cima de apostas e contra-apostas sobre os próprios empréstimos.


Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal dos EUA na época em que estourou a crise de 2008. Foto: Stephen Jaffe/FMI (Domínio Público)

As políticas neoliberais eliminaram a regulamentação sobre o sistema financeiro, na década passada, a partir dos Estados Unidos, durante a gestão de Alan Greenspan à frente da Reserva Federal.

Após o pico histórico alcançado durante o colapso capitalista de 2008, o volume caiu quase pela metade, de US$ 33,4 trilhões para US$ 14,3 trilhões de acordo com o BIS (Bank of International Settlements), uma espécie de supra banco mundial. Mas, posteriormente, novos mecanismos especulativos, ainda mais parasitários, foram desenvolvidos.

Os CDOs (collateralised debt obligations) sintéticos, uma espécie de fiança para as operações especulativas, em cima de outros títulos podres, deram fôlego à queda dos CDS e até dos CDOs originais, vendendo “proteção” adicional (outros títulos financeiros) aos especuladores detentores desses títulos.

Leia também: Os derivativos financeiros: a roleta-russa capitalista

Com a concentração da crise capitalista no estado burguês, a especulação em cima de CDS, com apostas contra o pagamento da dívida pública, foi limitada. Na Europa, foi proibida, o que não impediu a escalada do endividamento generalizado. O mercado dos nefastos derivativos financeiros não somente continua em pé, mas se encontra mais forte do que nunca devido à paralisia da produção real.

Os SEFs (swap execution facilities) e os chamados central clearing fazem parte das novas estrelas da especulação financeira. O volume nominal de derivativos financeiros passou de, aproximadamente, US$ 700 trilhões em 2008 para, aproximadamente, US$ 1.200 trilhões. O PIB mundial oficial da economia real é de aproximadamente US$ 70 trilhões.

As transações entre investidores individuais foram substituídas por transações controladas pelos grandes bancos imperialistas. Quase 96% dos derivativos financeiros nos Estados Unidos são controlados por apenas cinco grandes bancos: o JP Morgan, o Citigroup, o Bank of America, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley.

Uma centena de grandes especuladores obtêm enormes lucros nestas atividades altamente parasitárias. Os bancos que os criam obtêm altos lucros, na média de 2,5% por transação. O gigantesco parasitismo da economia capitalista mundial é consequência do próprio desenvolvimento do capital financeiro (união do capital industrial e bancário), que é o fenômeno típico dos monopólios, distanciando-se, cada vez mais, da produção real.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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