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siriaSíria - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Grandes protestos populares estouraram na Síria, no mês de maio de 2011, como efeito do contágio das revoluções árabes que tinham estourado em vários países vizinhos.


De manifestações populares pedindo mudanças no regime político à uma guerra civil patrocinada pelo imperialismo. Foto: Samuele Ghilardi (CC BY-NC-ND 2.0)

Os protestos de fevereiro de 2011, em grande medida convocados pelas redes sociais, foram rapidamente contidos. Mas um mês depois, eles voltaram a acontecer, de maneira espontânea, na cidade de Daraa, localizada no sudoeste do país, habitada principalmente por sunitas. Em seguida, protestos similares eclodiram nas cidades de Hama e Homs, em Aleppo e nos subúrbios da capital, Damasco. Além de promessas de reformas, o governo de al-Assad reprimiu os protestos com mão dura, assassinando manifestantes, com prisões truculentas e cortes de serviços públicos. Rapidamente, os protestos foram infiltrados e controlados, principalmente, por grupos guerrilheiros diretamente ligados ao imperialismo, às potências regionais, à al-Qaeda e, posteriormente, ao Estado Islâmico.

Hoje, o governo controla fundamentalmente as áreas localizadas na fronteira com o Líbano e a região mediterrânea localizada ao norte do Líbano, com o apoio do Hizbollah, do Irã e da Rússia. O governo ainda consegue manter um controle parcial de Aleppo, a segunda cidade do país, por causa das lutas internas entre os vários grupos guerrilheiros. Por causa do mesmo motivo, também o Estado Islâmico tem alguma atuação na cidade. Praticamente todo o restante do país se encontra sob o controle dos “rebeldes”.

Ações do governo, além das regiões ocidentais, têm sido raras e a tendência é que fiquem cada vez mais localizadas nas regiões ocidentais. A atuação no nordeste do país depende da evolução da frente única com os curdos. Da mesma maneira, as ações militares no sul dependem da aliança com os druzos, como ficou evidente há algumas semanas.

Recentemente, o Exército tem tentado salvar os soldados que se encontram cercados na base aérea de Kweiris para evitar que sejam massacrados pelo Estado Islâmico, da mesma maneira que aconteceu, em agosto do ano passado, na base aérea de Tabqa. O objetivo principal da operação é evitar a escalada dos protestos em Tartus, o porto localizado ao norte do Líbano e de onde tem saído a maioria dos soldados do exército, exigindo que os soldados de Kweiris sejam socorridos.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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