Bolsa de Valores de Xangai. Foto: Aaron Goodman (CC BY-ND 2.0)
A crise não começou agora, mas se prolonga há várias semanas. As perdas estão calculadas na casa de US$ 3 trilhões. Centenas de empresas pararam de negociar as suas ações. A queda foi de 28% desde o dia 12 de junho.
A crise só não explodiu por causa da intervenção direta do governo chinês e o direcionamento da especulação na bolsa para os fundos públicos. Na atual etapa, o capitalismo não consegue nem sequer dar um passo à frente sem o estado burguês, dado o grau avançadíssimo do parasitismo financeiro.
A altíssima integração do mercado mundial reforça a necessidade da luta geral e mundial contra o capital. A crise na China é uma pequena, muito pequena, amostra do que veremos no próximo período. O castelo de cartas montado em cima da especulação financeira, que representa o coração do capitalismo atual, irá desmoronar em efeito dominó.
Está colocada, para o próximo período, a pior crise capitalista mundial da história. De acordo com Nouriel Roubini (o economista norte-americano que, em 2006, previu, em detalhes, o colapso de 2008), em 2016 explodirá a "mãe de todas as bolhas".
As emissões de títulos e dinheiro podre pelos principais bancos centrais têm como objetivo manter os lucros dos monopólios em pé. Mas os efeitos somente podem ser altamente tóxicos.
Neste ano, em 2015, há o efeito denominado por Roubini de "espuma": a aparente "estabilidade" e bonança que antecede a tempestade.