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militanteslamicoEstados Unidos - Prensa latina - A ofensiva do Estado Islâmico (EI) contra a cidade síria de Ain al Arab (Kobane para os curdos) simboliza a não efetividade dos bombardeios de Washington e seus aliados contra essa organização terrorista.


Em 16 de setembro, mediante o uso de artilharia, tanques e veículos armados, esse grupo extremista lançou um ataque contra o enclave que culminou com o assédio da localidade e a ocupação de dezenas de povos adjacentes. O avanço dos radicais, que enfrentam uma forte resistência das milícias curdas sírias, deixou em evidência a estratégia bélica do Pentágono.

No entanto, esse não foi o único desafio do EI (Estado Islâmico) aos Estados Unidos e seus aliados, muitos dos quais são acusados por Damasco de armar e financiar o EI e outras formações afins.

A província iraquiana Al Anbar está praticamente sob o seu controle, enquanto suas avançadas encontram-se só a 10 quilômetros de Bagdá. Os terroristas mostraram os seus músculos ao cercar três regimentos iraquianos durante dias, um sintoma de seu poderio militar.

"Está claro que o EI tem feito avanços notáveis no Iraque", admitiu o general da reserva John Allen, enviado especial da Casa Branca para a coalizão contra esse grupo.

Tanto os peshmerga (forças de segurança dos curdos iraquianos) ao norte como o exército nacional ao sul, enfrentam violentos ataques dessa organização radical. Jornalistas e especialistas sírios são céticos sobre o resultado dos bombardeios e diariamente recordam o financiamento da Casa Branca aos agrupamentos islamitas que tentam derrubar o governo de Bashar al Assad.

Sobre essas incursões, os terroristas mantêm sob controle uns 50 mil quilômetros de território a ambos lados da fronteira, entre eles Mosul, a segunda cidade do Iraque, e Raqqa, capital da província oriental síria de igual nome e devinda na capital do autodenominado Califado.

Diariamente funcionários públicos do Pentágono e do Departamento de Estado norte-americanos defendem sua estratégia, enquanto as fotos de supostos alvos são divulgadas por diversos meios de imprensa do mundo. Imagens de supostos centros de treinamentos, de comando, de comunicações e quartéis destruídos são apresentadas como um sucesso da ofensiva, enquanto se publicam listas de combatentes radicais mortos.

Mas, mais especificamente, de pouco têm servido para destruir a capacidade militar desse grupo, que tem dezenas de milhares de homens e abundantes artefatos bélicos.

Ainda que criou um governo nas áreas sob seu poder para dar legitimidade a suas políticas e ganhar adeptos, o EI carece de instituições visíveis, o qual converte a esta formação em um alvo difícil, para além das caravanas de armados que se movem de um lado a outro da fronteira para as suas operações.

É impossível determinar até que ponto essas incursões danificaram as correntes de comando, de comunicações e logística do EI, ainda que as suas recentes ofensivas pareçam demonstrar que continuam operativas.

Desde o início dos ataques aéreos, Damasco fez questão da necessidade de cooperar com o exército sírio para derrotar esse agrupamento, ainda que a Casa Branca e seus aliados fizeram caso omisso aos chamados.

Estados Unidos não estão conseguindo seus objetivos. "Eles nos atacam em umas áreas e nós avançamos em outras", assinalou em uma entrevista à CNN um combatente do grupo que utilizou o pseudônimo de Abu Talha. O terrorista detalhou que o EI se preparou antecipadamente às incursões da aviação, que qualificou de triviais.

Sabemos que nossas bases eram conhecidas, porque os militares norte-americanos as rastrearam com radares e satélites, de modo que preparamos novas localizações, sublinhou. Outro miliciano que abandonou o EI, identificado como Abu Omar, confirmou a estratégia. "Eles esvaziaram quase totalmente seus quartéis gerais", assegurou.

Os bombardeios iniciados contra território iraquiano em 8 de agosto e na Síria em 23 de setembro não têm atingido seu objetivo mínimo de deter a expansão das forças yihadistas e muito menos a missão de degradar e os destruir, advertiu por sua vez The Washington Post. "Ninguém disse que isto seria fácil e rápido, e ninguém deve alentar uma falsa sensação de segurança pelos ataques aéreos efetivos", admitiu o porta-voz do Pentágono, aposentado almirante John Kirby.

Também o porta-voz do Ministério de Defesa do Iraque, Mohamad al Askari, considerou que os bombardeios não têm conseguido debilitar o Estado Islâmico.

Ainda é cedo para fazer um balanço dos bombardeios, parece claro que sem a coordenação com as forças armadas do Iraque e Síria será impossível derrotar essa organização terrorista, que conta com milhares de homens e armamento moderno.


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