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12341250784 b86cce583f zSustentabilidade e Democracia - [Sandro Ari Andrade de Miranda] “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Bertolt Brecht.


Foto de Freedom House (CC by/2.0/) - Aleppo depois do lançamento de bombas.

De onde surge a violência que mancha as ruas de vermelho e assusta os desavisados? Por que assistimos explosão de ódio em várias partes do mundo sem que surja um sinal de paz? Qual o motivo de pessoas abdicarem da vida em torno da destruição massiva do seu semelhante?

Passados milênios de ocupação da terra pelos seres humanos, ainda somos a única espécie capaz de levar outras à extinção absoluta, e também a única que exercita promove a morte dos seus comuns por prazer ou pela necessidade de acumulação de poder.

Construímos mecanismos que poderiam disseminar informações e combater a violência, como a imprensa, por exemplo, que segue caminho contrário e fomenta o racismo, o sexismo, a destruição da diferença e propõe o fim de direitos e garantias.

A mesma televisão que comoveu o mundo em razão da ação irracional de grupo extremista na França, berço da Revolução que pregava “liberdade, igualdade e fraternidade”, distorce informações, faz de tudo para omitir a destruição de todo uma bacia hídrica em Minas Gerais e no Espírito Santo visando preservar interesses dos grandes patrocinadores, ou esconde que os bombardeios da própria França na Síria atingem alvos civis e não militares.

A violência é fruto, sim, da cultura de violência disseminada, especialmente, pelos meios de comunicação de massa. A morte de pessoas vende jornais, alavanca audiências e sustenta a rapina de agentes de comunicação de dizem jornalistas. É impressionante a falta de preocupação dos grandes meios de comunicação com a verdade, e a forma como alguns profissionais vendem a sua consciência facilmente para defender o indefensável.

Não podemos encontrar num mundo onde pessoas que pregam valores civilizatórios são estigmatizadas com emprego inadequado de palavras. Quem defende a paz é chamado de ingênuo. Quem defende a natureza de radical. Quem luta por direitos e garantias fundamentais de romântico. Quem luta contra racismo e a xenofobia é tratado como inimigo da sua nação ou grupo. Em síntese, a estigmatização da diferença é outra forma de atuação dos responsáveis pela explosão da violência.

Armada com o preconceito e alienação proporcionados pela mecânica da grande mídia, a extrema direita vai ganhando espaço, inclusive entre os jovens, com o uso de discursos niilistas e falsamente moralizadores, pois limita a informação ao campo de dados rebuscados pela mídia. Isto tudo é alimentado pela ganância do sistema financeiro que derruba moedas, estraçalha economias e leva os principais alimentos para o extremismo adiante: fome, miséria, desemprego, falta de perspectivas, desconsideração de direitos fundamentais, dentre outros.

Num mundo onde as pessoas se aprisionam para viver uma falsa liberdade, as origens da violência são evidentes, e estão concentradas naqueles que enriquecem com isto. Não podemos esperar respostas pacíficas de quem vive diariamente sendo vítima do ódio e da opressão, ao contrário, a tendência é de que as ações extremas ganhem força. Entretanto, apesar da pregação dominante, não há glória nem honra na guerra, mas apenas dor, sofrimento e mais violência!

Infelizmente, enquanto não mudarmos a forma de organização dos sistemas de comunicação, com a adoção do controle social, especialmente sobre os financiamentos dos referidos órgãos, ainda seremos torturados pelo infortúnio da pregação em favor das armas e da tortura às todas as formas de pensamento diferente.

* Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais.


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