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22071654406 7ef11ee25d zTurquia - LBI-QI - Quase uma centena de mortos e outros duzentos feridos é o trágico resultado do criminoso atentado terrorista que atacou a marcha dos sindicatos turcos contra a repressão policial e pela paz nacional neste sábado (10/10) na capital Ancara.


Foto de Johnny Dickens (CC by-nc-nd/2.0/) - Mobilizações após a massacre de Ancara.

O brutal e covarde ato terrorista esteve focado justamente contra o movimento de massas que exige o fim imediato da política de opressão nacional e cerceamento das liberdades democráticas por parte do regime autocrático encabeçado pelo presidente Recep Erdogan.

O reacionário governo turco tem impulsionado o fundamentalismo islâmico, alimentando grupos de mercenários terroristas para combaterem o PKK (guerrilha curda), assim como o regime nacionalista sírio, considerado um inimigo do país e do Islã. Não são poucas as evidências que ligam Erdogan a criação do famigerado "Estado Islâmico", adversário frontal do PKK.

O certo é que o atentado terrorista, o maior da recente história republicana da Turquia, contou com a participação de milicianos fanáticos, muito provavelmente à serviço do ISIS. O partido legal pró-curdo, HDP, acusou diretamente os órgãos de inteligência do governo Erdogan de no mínimo terem sido negligentes com a ação terrorista, não alertando o movimento social sobre os operativos dos grupos fundamentalistas.

Selahattin Demirtas, líder do HDP, falou agora há pouco a repórteres em Istambul e perguntou-se como um "Estado com tamanha Inteligência como o da Turquia não previu um ataque tão robusto". Ele também perguntou-se, referindo-se de maneira velada ao governo Erdogan, como "líderes de gangues podem realizar manifestações a salvo neste país, mas aqueles que querem a paz são assassinados". Porém o mais revelador sobre a autoria real dos crimes foi mesmo a declaração do próprio Erdogan, responsabilizando os organizadores da marcha por "não condenarem na mesma medida a morte de policiais pelo PKK, quanto repeliram o atentado de hoje", para concluir cinicamente: "os maiores aliados do terrorismo são aqueles que usam duas medidas diante do terrorismo".

O PKK, por sua vez, anunciou durante o sábado, conforme já era esperado, um "cessar-fogo unilateral". Kemal Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP) principal força política de oposição ao governo orientou o cancelamento de todos os atos eleitorais de seu partido e afirmou que a: “Turquia não merece essa situação. A Turquia pode continuar sendo dirigida dessa maneira? Por que nossos jovens devem morrer em ações terroristas?”

A Turquia está a poucas semanas de eleições parlamentares, onde Erdogan e seu partido (AKP) podem amargar uma nova derrota, por esta razão o governo não perdeu tempo e decretou estado de sítio em várias regiões do país, utilizando como pretexto o atentado terrorista. O terrível massacre de Ancara não pode ficar impune, as bombas estavam dirigidas contra as colunas das correntes mais à esquerda da marcha, como a organização Partizan e o HDP, o carniceiro Erdogan deve pagar muito caro por seus sanguinários crimes dirigidos contra a esquerda e povo turco.

Nenhuma ilusão nas eleições controladas e fraudulentas. É necessário a convocação imediata de uma poderosa greve geral unificando todos os setores sindicais, populares e nacionais para exigir a derrubada insurrecional do governo assassino de Erdogan, subordinado ao terrorismo patrocinado pelos EUA , OTAN, ISIS e Israel.


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