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160615 torturaEstados Unidos - Prensa Latina - Médicos estadunidenses ajudaram a Agência Central de Inteligência (CIA) no desenvolvimento de novos métodos de tortura e sua aplicação, indicou hoje um artigo da revista especializada The New England Journal of Medicine.


O relatório aborda a participação dos médicos estadunidenses nas torturas praticadas nas prisões clandestinas criadas para supostamente combater atividades terroristas, denunciadas como centros onde os direitos humanos eram violados indiscriminadamente.

A publicação detalha que os médicos, inclusive, determinavam se os detentos eram aptos para ser objeto de maus tratos e que tiveram um papel fundamental nos procedimentos.

A fonte da informação foi um relatório, revelado no ano passado, do Comitê de Inteligência do Senado, o qual esclareceu elementos sobre os abusos cometidos pela agência de inteligência durante a presidência de George W. Bush (2001-2009).

Segundo os doutores George Annas e Sondra Crosby, autores do artigo, o texto do Senado mostra como os advogados e médicos podem colaborar para racionalizar a tortura, uma dinâmica que também é praticada em prisões militares, como a de Guantánamo (Cuba), e inclusive em alguns cárceres de segurança máxima nos Estados Unidos.

A denúncia assinala que a CIA e os advogados do Departamento de Justiça garantiram aos médicos que teriam imunidade sob uma cobertura legal feita para proteger estas práticas.

Os médicos e advogados deram permissão constantemente uns aos outros para fazer o que eles acordavam entre si, sublinha.

Destacam os articulistas que uns dos métodos usados durante as torturas aos presos era a alimentação pela via retal, em especial contra aqueles que estavam em greve de fome para lhes mostrar a dominação sobre eles.

Quando foi divulgado o relatório ficou evidenciado que a CIA mentiu ao Congresso e ao governo sobre a severidade do uso da tortura contra supostos terroristas em celas clandestinas, apesar do método não ter ajudado os serviços de inteligência.

O relatório do Comitê de Inteligência do Senado, fruto de uma investigação de cinco anos, resumiu um documento de mais de seis mil páginas sobre as tática usadas contra boa parte dos 119 presos pela CIA depois dos atentados de 2001.

Nessa ocasião causaram um grande repúdio a divulgação de humilhações como as técnicas de "afogamento simulado" ("waterboarding" em inglês), "reidratação anal"; confinamento em celas estreitas, privação do sono, exposição ao frio, isolamento e posturas incômodas por tempo prolongado.


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