Bush, que foi diretor da agência de espionagem de 1976 a 1977, afirmou ontem que se sentia obrigado a reiterar sua confiança na agência.
O ex-presidente, agora com 90 anos e um dos mais influentes membros do Grupo Bilderberg, presidiu a agência durante um período polêmico e caracterizado por acusações de aplicar métodos abusivos.
Sua confirmação como diretor da CIA em 1976, foi criticada por muitos políticos e cidadãos estadunidenses, por sua vinculação com o escândalo de espionagem conhecida como Watergate, já que era o chefe do Comitê Nacional Republicano, e um firme defensor do ex-presidente Richard Nixon.
Durante seu mandato à frente da CIA, produziram-se sérias revelações como resultado das investigações realizadas pelo Comitê Church, a respeito de ações ilegais da agência e atividades não autorizadas, o que provocou a criação de comitês de inteligência no Congresso para supervisionar as ações de espionagem.
Enquanto Bush foi diretor da CIA, recrudesceram as ações terroristas de grupos extremistas de origem cubana que operavam nos Estados Unidos e outros países da América Latina e Caribe, que culminaram com a explosão em pleno voo de um avião civil da Cubana de Aviação em outubro de 1976, em frente à costa de Barbados, com um saldo de 73 vítimas fatais. O recente relatório do Senado, que revelou cruéis torturas aplicadas pelos oficiais da CIA após os atentados em Nova York e Washington, em 11 de setembro de 2001, a prisioneiros supostamente acusados de terrorismo, se levaram a cabo durante o governo de George W. Bush, filho do ex-presidente.
Estas medidas extremas e desumanas, segundo reflete o relatório, foram ineficazes para deter o terrorismo e levaram-se a cabo de maneira fraudulenta.