Cerca de 80 pessoas receberam-no de forma emotiva e calorosa na praça de Santiago, onde quatro dançarinos e quatro txistularis lhe dedicaram um aurresku e um militante da esquerda independentista lhe ofereceu um ramo de flores, no meio de palavras de ordem como «Iheslariak etxera!» [os refugiados para casa] e «Jo ta ke irabazi arte!» [sem descanso até à vitória].

Seguiu-se um jantar, no decorrer do qual um membro da esquerda abertzale sublinhou tudo o que estes militantes tiveram de suportar, «a prisão, a extradição, as perseguições, os assassinatos», bem como a importância do compromisso assumido colectivamente pelos refugiados políticos em prol da resolução do conflito. Referiu-se também à mobilização contra a dispersão convocada para dia 10 de Janeiro em Bilbau.

Manix agradeceu a todos os presentes, recordou o duro caminho percorrido - pontuado por coisas boas: os amigos, todas as portas que se abriram apesar dos perigos, a sua memória de Lizarra sempre reavivada por tantas visitas recebidas. Agradeceu a todos e fez um apelo à continuidade da luta, «até que os refugiados e os presos estejam em casa».

O PRESO JABI AGIRRE FOI LIBERTADO

O preso político basco Jabi Agirre Odriozola (Azpeitia, Guipuscoa) saiu da cadeia de Sevilha II, depois de ter passado quase 12 anos na prisão, primeiro em França e, desde Dezembro de 2008, em Espanha.

Agirre foi detido em Bourges (França), com o também azpeitiarra Xabier Etxeberria, a 17 de Janeiro de 2003. Foi julgado no ano seguinte e condenado por militância na ETA; cumpriu a pena na íntegra no Estado francês, até Novembro de 2008. Em Dezembro desse ano foi extraditado para o Estado espanhol, onde viria a ser julgado e condenado a seis anos de cadeia, em 2010, por colaboração com a ETA.