Sob o lema «Giza eskubideak errespetatu; gaixo diren presoak etxean eta bizirik!» [respeitem os direitos humanos; os presos doentes em casa e vivos!], a mobilização tinha à cabeça um grupo de pessoas que agarravam grades de ferro, como se estivessem na cadeia. Pelo caminho, entre o Coração de Jesus e o Arenal, ouviram-se palavras de ordem a favor do repatriamento dos presos e da amnistia.
Familiares dos presos doentes Txus Martin e Ibon Iparragirre tomaram a palavra no final. Os últimos lembraram que Iparragirre foi espancado três vezes em seis meses. Afirmaram que o sistema prisional «se baseia na vingança», «prolonga o sofrimento» e «joga com aqueles que têm doenças graves». Referindo-se à mobilização, disseram que «estavam a encher as ruas» porque «querem os presos vivos» e exigem a libertação, «o mais depressa possível», dos que têm doenças graves.
A coligação soberanista EH Bildu aderiu à manifestação, organizada por plataformas de apoio aos presos, e fez-se representar por diversas figuras. No início da mobilização, Julen Arzuaga, deputado da coligação no Parlamento de Gasteiz, denunciou a política prisional «criminosa» e repudiou a «desumanidade» a que são submetidos os presos doentes e os que têm mais de 70 anos. «A qualquer momento "a espada de Dâmocles" pode ter um final infeliz», disse.
Neste momento, há dez presos políticos bascos que têm doenças graves:
Aitzol Gogorza (Errenteria, 1975); Txus Martin (Basauri, 1960); Josetxo Arizkuren (Pamplona, 1958); José Ramón López de Abetxuko (Gasteiz, 1949); Inma Berriozabal (Zegama, 1951); Gari Arruarte (Hernani, 1980); Iñaki Etxeberria (Pamplona, 1964); José Miguel Etxeandia (Larrabetzu, 1960); Ibon Fernández Iradi (Hernani, 1971); Ibon Iparragirre (Ondarroa, 1973).
EM SARAGOÇA, «IBON A CASA»
No contexto das concentrações contra a política de dispersão dos presos políticos bascos que se realizaram no passado fim de semana, em vários pontos da Europa (e também em Buenos Aires), um grupo de amigos do País Basco em Saragoça exigiu o regresso a casa do preso político ondarrutarra Ibon Iparragirre.
EM LISBOA, CONTRA A DISPERSÃO, LEMBRANDO ANDONI
Uma dezena de pessoas participou na iniciativa solidária com o País Basco, junto ao Palácio da Independência, no Largo de São Domingos, por iniciativa da ASEH.
Na acção, quis-se dar destaque à dispersão (no contacto com os turistas, houve a preocupação de explicar quão criminosa é essa política) e ao facto de haver um preso político basco em Portugal, Andoni Zengotitabengoa, a mais de 800 km da sua terra natal, Elorrio (Biscaia).
Quando a Askapena as disponibilizar, mostramos mais fotos; nossas também.