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291114 policeReino Unido - PCO - Com o pretexto do combate ao terrorismo, policiais vão ter mais poder para reprimir a população.


Nesta segunda-feira, 24 de novembro, o governo do Reino Unido, do primeiro-ministro David Cameron, do Partido Conservador, anunciou que pretende aprovar uma nova lei antiterrorista, dando ainda mais poder para a polícia. A proposta tem o apoio do Partido Trabalhista. Os policiais poderão reter passaportes de cidadãos suspeitos de estarem viajando para participar de ações terroristas. Com esse pretexto, mais direitos vão sendo retirados da população, enquanto o poder da polícia continua aumentando.

A nova lei inclui também medidas para que o governo possa solicitar legalmente de empresas de comunicação informações sobre quem estava usando determinado celular ou computador, e a que horas. Ou seja, haverá ainda menos privacidade no País, o mais vigiado por câmeras do mundo.

A tendência à militarização cada vez maior das polícias é mundial. Após os ataques de 11 de setembro, o governo norte-americano impôs uma política que teve como base o aumento do intervencionismo militar e o ataque contra os direitos democráticos sob a cobertura do combate ao terrorismo. A Lei Patriótica (USA Patriot Act) foi promulgada em 26 de outubro de 2001 pelo então presidente George W. Bush.

Tornaram-se práticas comuns, e livres de ordenação judicial, o rastreamento de e-mails, a vigilância do uso da Internet e o grampo das ligações telefônicas; obrigou-se a bibliotecas e livrarias a informar que livros determinados cidadãos buscaram; permitia a detenção de "suspeitos" por períodos prolongados.

No Brasil, há uma grande pressão da direita para a aprovação de leis antiterroristas. No anteprojeto de lei que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) entregou ao Ministério da Justiça em março de 2007, além de não ser especificado o que seria considerado como um ato terrorista, sim o era no caso de tratar-se de "ocupações de propriedades públicas e privadas", o que faz parte dos métodos de luta das organizações sociais.

Enquanto o Reino Unido quer dar mais poder à polícia, é oportuno lembrar o caso do eletricista Jean Charles de Menezes, brasileiro morto pela polícia britânica. Em 2005, ele foi assassinado na estação de metrô Stockwell do metrô, no centro de Londres, com oito tiros pelas costas - sete deles na cabeça - disparados pela polícia, que alegou ter confundido o brasileiro com um "terrorista". O caso revelou, mais uma vez, a enorme repressão que a população dos países supostamente democráticos sofrem, principalmente os mais pobres e estrangeiros oriundos de países oprimidos pelo imperialismo como o Brasil.

As políticas de força foram colocadas novamente, com grande intensidade, à ordem do dia perante as dificuldades da direita tradicional para repassar o peso da crise sobre as massas trabalhadoras dentro dos mecanismos eleitorais do estado burguês. Os setores da ultradireita estão sendo impulsionados pela burguesia em escala mundial (no Reino Unido isso é feito por meio do fortalecimento do UKIP) devido à falta de uma base material que possibilite a implantação de uma nova política.


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