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nsa 1Estados Unidos - Esquerda - [Nadia Prupis, CommonDreams] A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos fornece há anos milhares de milhões de registos de telecomunicações sobre cidadãos americanos e estrangeiros a dezenas de governos – revelou o site Intercept num artigo publicado na última segunda-feira.


Documentos ligados às revelações de Edward Snowden do ano passado mostram que a NSA compartilhou e continua a compartilhar mais de 850 mil milhões de registos de e-mails, chamadas de telemóvel, localizações, chats de internet, e outros dados enviados e recebidos por pessoas do mundo inteiro, tudo isso utilizando uma ferramenta de busca chamada ICREACH, criada especificamente para a empresa e que funciona nos moldes do Google.

De acordo com uma nota da CIA sobre o programa, que os colegas da agência “saudaram entusiasticamente,” mais de mil analistas de 23 agências de diferentes governos tiveram acesso às informações da NSA, todas elas recolhidas sem nenhum tipo de mandato judicial. Estes registos eram regularmente compartilhados com o FBI, com a divisão anti-drogas, com a CIA, com a Agência de Inteligência e Defesa, entre outras instituições.

“A equipa da ICREACH entregou o primeiro pacote de informações privadas junto da Comunidade de Informações dos EUA,” informava uma nota ultra-secreta de 2007. “Esta equipa começou há mais de dois anos devido às pressões da Comunidade de Informações, que tem uma necessidade crescente de registos de comunicações relacionadas com os seus alvos.”

A IREACH parece ser uma entidade separada da base de dados da NSA, que coletava os registos telefónicos dos clientes da Verizon sob a secção 215 do Patriot Act, escreveu o jornalista Ryan Gallagher do Intercept. Além disso, as ferramentas de busca “permitem o acesso a uma vasta quantidade de dados que podem ser pesquisados por analistas da comunidade de informações com fins de ‘espionagem estrangeira’ – um termo vago ainda mais amplo do que Contraterrorismo.

Jeffey Anchukaitis, porta-voz do Diretório de Inteligência Nacional, defendeu a espionagem do governo, declarando que a partilha de informações tornou-se “um pilar da comunidade de informações após o 11 de setembro.”

O Intercept relatou que a IREACH foi construída sob a direção do antigo diretor da NSA general Keith Alexander e foi criada para “garantir volumes sem precedentes de dados de comunicação para compartilhar e analisar,” e oferecer uma “fonte vasta e rica de informação” a outras agências.

A ICREACH desenvolveu-se a partir do projeto CRISSCROSS, uma iniciativa secreta da CIA e do DEA criada no começo dos anos 1990 para identificar suspeitos de tráfico de drogas na América Latina. Mas, em 1999, o acesso ao Projeto CRISSCROSS expandiu-se para incluir a NSA, o DIA e o FBI, que também contribuíram para a base de dados. Foi instalado um sistema suplementar chamado PROTON para dar suporte a novas informações, de forma que os analistas começaram a juntar mais e mais dados invasivos, incluindo códigos que poderiam identificar telemóveis individuais, passaportes e registos de voos, pedidos de visto e informações de relatórios da CIA. Em julho de 2006, a NSA estimou que havia armazenado 149 mil milhões de gravações no PROTON.

Mas a ICREACH pode armazenar ainda mais gravações do que se estima hoje. O Intercept escreve:

“Enquanto a NSA estimava inicialmente 850 mil milhões de registos disponíveis na IREACH, os documentos indicam que este número pode ter sido ultrapassado, e que o número de acessos ao sistema pode ter subido desde 2010 para mais de 1000 analistas. O documento secreto “Black Budget,” de 2013, também obtido por Snowden, mostra que a NSA buscou mais financiamento recentemente para aprimorar a IREACH, no intuito de “prover aos analistas acesso a uma quantidade maior de dados.”

Tradução de Roberto Brilhante para a Carta Maior

Adaptação para Portugal de Luis Leiria Esquerda.net


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