Agora, ela não tem opção a não ser cumprir a pena de 35 anos à qual foi sentenciada pela juíza Denise Lind no ano passado.
Um release do Exército começou a circular na manhã de hoje, informando que a autoridade do Pentágono que poderia ter concordado em reduzir ou eliminar a pena de Manning se recusou a fazê-lo. Agora, o caso será automaticamente encaminhado para a Corte de Apelos Criminais do Exército.
De acordo com o comunicado, o major general Jeffrey S. Bunachan, responsável por decidir sobre o pedido de clemência de Manning, aprovou a sentença da juíza Lind, a despeito das reclamações do advogado David Coombs de que o julgamento não havia sido justo. À época, Chelsea era conhecida como Bradley Manning, mas, por se identificar como mulher, pediu oficialmente a troca de nome em março deste ano.
Horas antes de o Exército ter publicado seu comunicado, a nova advogada de Manning, Nancy Hollander, disse a uma audiência em Washington, capital dos EUA, que estava planejando buscar obstinadamente um apelo para sua cliente.
“Nós vamos ficar com este caso até que não haja mais cortes e nenhum outro lugar aonde ir, em nome de Chelsea”, disse Hollander. “Nenhuma pessoa razoável poderia pensar que a sentença que lhe foi imposta é razoável. Acho que o sistema militar precisa responder por si. Há questões que são muito evidentes sobre se o sistema militar foi justo com Chelsea ou não”.
Chelsea Manning foi condenada a 35 anos de prisão depois de ter assumido a responsabilidade pelo vazamento de milhares de documentos secretos ao Wikileaks. A juíza Lind considerou-a culpada de diversas acusações, incluindo espionagem, roubo e fraude virtual.