Saad integra a minoria drusa (comunidade religiosa e social no Oriente Médio) que, ao contrário dos palestinos com cidadania israelense, é obrigado a servir as Forças Armadas.
Saad foi preso pela primeira vez no início de dezembro do ano passado depois de ele e seus irmãos terem cantado uma música de protesto às portas de um centro militar israelense na Galileia, onde reside a maioria dos palestinos no atual Estado de Israel. Desde então, ele recebeu seis sentenças consecutivas para 20 dias de prisão.
As autoridades israelenses também negam a Saad os direitos à visita e aos advogados, mas estas restrições arbitrárias foram desafiadas pelo Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel, Adalah. Um número crescente de jovens drusos está objetando ao serviço militar obrigatório em Israel, enfrentando a prisão quando o fazem.
A questão é pauta para muitos debates no país, uma vez que jovens homens e mulheres são obrigados a servir em condições de grande opressão e violência, e as autoridades planejam aprovar a constrição para palestinos cristãos com cidadania israelense e, de forma mais polêmica, judeus ortodoxos, que ainda são protegidos.
Antes de ser preso pela primeira vez, Saad disse à organização Anistia Internacional: "Não quero fazer parte do Exército israelense porque o governo de Israel é responsável pela ocupação [dos territórios palestinos]. Como um druso árabe, me considero parte do povo palestino e, por isso, como posso fazer parte de um Exército que ocupa o meu povo? Não venderei minhas crenças e a minha identidade."
Da Redação do Vermelho,
Com informações do portal Electronic Intifada