As mortes aconteceram em frente a uma delegacia em Alexandria durante manifestações contra a ditadura chefiada por Mubarak, onde mais 840 manifestantes foram assassinados, mas que terminaram por derrubá-lo; seu sucessor, o único presidente eleito, Morsi, da Irmandade Muçulmana, foi deposto por um novo golpe de estado realizado pelos militares em julho do ano passado.
Desde então milhares de manifestantes foram assassinados pela ditadura restabelecida. A Irmandade Muçulmana, partido de Morsi, foi posta na ilegalidade. E neste momento, 130 manifestantes contra Mubarak, entre eles palestinos e libaneses, são réus por atacarem delegacias.
Morsi, porém, mostrando os limites da oposição de tipo nacionalista, chama seus seguidors a continuarem uma “revolução pacífica” contra a junta militar: "A revolução do povo não vai parar - continuará a sua revolução pacífica", disse. Isso, diante uma situação na qual mais de 1.400 pessoas ligadas ou apoiadores da Irmandade foram assassinados após um intervalo de um ano da derrubada de sua derrubada.
Ele mesmo está entre os 130 reús da oposição; no caso, acusado de espionagem e de ter ligações com exércitos estrangeiros. Enquanto os militares que o julgam são abertamente apoiados pelo imperialismo norte-americano e seu preposto regional, a Arábia Saudita.