Guor Marial, 28 anos, hoje mora nos Estados Unidos. Mas ele nasceu na região sul do Sudão durante a guerra no país e quer correr pelo Sudão do Sul, país que se tornou independente no ano passado.
Mas sua nova nação ainda não faz parte da lista de países filiados ao COI (Comitê Olímpico Internacional), o que o impede de correr por ela. A entidade máxima do esporte olímpico sugeriu que o maratonista participe pelo Sudão, mas ele não quer.
“Perdi minha família e muitos parentes. Muitas das pessoas do Sudão do Sul morreram. Para mim basta ir, mas representar o Sudão é uma traição ao meu verdadeiro país. E estaria desrespeitando o meu povo, que quer liberdade”, falou à agência Reuters.
Apesar de morar nos Estados Unidos e estar refugiado no país, Marial não pode competir pelo país do América do Norte por não ter a nacionalidade americana.
“Vários membros da família de Marial foram mortos por forças de segurança sudanesas. Ele mesmo sobreu abusos daquela polícia”, falou Michel Gabaudan, presidente da organização Refugiados Internacionais.
A entidade tenta convencer o COI para que Marial possa competir de maneira independente, com a bandeira olímpica. Mas o presidente do COI, o belga, Jacques Rogge, ainda não deu uma resposta.
Outros países que estão em guerra civil têm representantes em Londres, como a Palestina, que possui cinco atletas e Síria, que possui 10 atletas. O Sudão tem, no total, cinco representantes.
Foto: Reprodução Iowa State Daily