O texto lembra que a operação policial ocorre apenas duas semanas depois de a ETA ter manifestado, através da agência francesa AFP, asua «disposição e vontade» para «iniciar um diálogo directo» com os governos espanhol e francês para abordar as consequências do conflito, anunciando para tal a nomeação de uma delegação.
Acrescenta a esquerda abertzale que essa vontade da ETA foi também transmitida há poucas semanas pela Comissão Internacional de Verificação a um vasto espectro de agentes políticos, sociais, sindicais e económicos do país.
Refere que, no entanto, os Executivos de ambos os estados «respondem com as estéreis medidas de sempre» à nova situação criada após a histórica decisão da ETA de cessar definitivamente a sua actividade armada.
Assim, a esquerda abertzale solicita a Madrid e a Paris, especialmente ao presidente francês, François Hollande, que atendam «à vontade maioritária da sociedade de Euskal Herria, que lhes exige que se tornem agentes pró-activos pela paz e pelas soluções democráticas».
Neste sentido, desafia-os a desmantelar «todo o conjunto de medidas e políticas de excepção, assumindo a única via inteligente para a resolução, a do diálogo».
Por último, o comunicado expressa a solidariedade da esquerda abertzale às pessoas detidas, assim como aos seus familiares. Nele se pede, da mesma forma, aos cidadãos que participem nas mobilizações que vierem a ser organizadas para protestar contra as detenções.