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rebelLíbia - Prensa Latina - O autoproclamado governo do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia proibiu a formação de partidos sobre bases religiosas e tribais, enquanto admitiu nesta quarta-feira (26) a incapacidade de frear confrontos armados entre milícias de ex-insurgentes.


Durante uma sessão legislativa encerrada na noite da terça-feira, os membros do CNT aprovaram uma lei que veta as formações políticas baseadas em considerações religiosas, tribais ou regionais, afastando assim as crescentes ameaças de volta ao federalismo.

A instância que governa a Líbia após a derrubada e assassinato de Muamar Kadafi, em outubro de 2011, também dispôs que "a condição essencial para a formação dos partidos ... também não (permite) ser uma extensão de partidos estrangeiros nem financiamentos a partir do exterior".

De acordo com o membro do CNT Mustafa Landi, o regulamento é o primeiro de seu tipo adotado por esta nação norte-africana desde 1964, e também exige um mínimo de 250 membros fundadores para cada partido e 100 para qualquer outra "entidade política".

Por sua parte, o também integrante do conselho dirigente Fathi Baaja assegurou que a legislação não busca afastar os que se definem como islamistas moderados, entre os quais está o próprio presidente do CNT, Mustafa Abdul-Jalil, senão aos radicais.

Tal comentário baseia-se na percepção de que os grupos extremistas ou fundamentalistas islâmicos buscam um espaço significativo na Assembleia Constituinte que será votada no próximo mês de junho.

Enquanto a lei pressupõe uma maior agitação política, no terreno militar o incipiente Exército líbio subordinado ao CNT segue sem impor sua autoridade em diversas zonas do país, inclusive após milicianos de Zintan entregarem o aeroporto de Trípoli.

Informes chegados a esta capital indicaram que uma pessoa da tribo Tubu morreu e outras 13 ficaram feridas em combates prolongados desde sábado entre milícias de antigos sublevados contra Kadafi e grupos étnicos não árabes na cidade meridional de Kufra.

Os choques desataram-se após homens da milícia denominada Escudo de Líbia, integrada por forças árabes na cidade nordeste de Benghazi, viajarem a áreas controladas basicamente por não árabes na fronteira sul com Chade e Sudão para reforçar o Exército.

Após uma pausa nos choques do último domingo, nesta semana retomaram-se os confrontos e os ataques contra comunidades dos Tubus com foguetes e artilharia pesada que destruíram seis casas.

Da mesma forma, a insatisfação com o CNT ficou evidente em Benghazi, onde manifestantes bloquearam há dois dias uma refinaria de petróleo e impediram a entrada a seus empregados para protestar pela falta de transparência financeira e exigir empregos para os jovens.


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