Míssil S-300 exibido em parada militar na Rússia. Foto: Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)
Uma versão avançada do S-300 foi vendida ao Irã.
Os S-400 acabaram de ser vendidos à China.
Os S-500 estão blindando o espaço aéreo da Rússia. Eles não conseguem ser superados pela tecnologia balística atual dos Estados Unidos e da OTAN.
Então quem é o alvo? Qual é a política que está por trás? Por que os russos impulsionaram essa medida?
O governo russo não pode deixar que o governo de al-Assad caia. O espaço político e militar abriria passo para o fortalecimento do Estado Islâmico, a al-Nusra e os demais "rebeldes" ligados à ultra reacionária Arábia Saudita e ao governo turco. Este poderia desviar algumas bombas contra o governo de al-Assad, da mesma forma que o tem feito contra o PKK (Partido dos Trabalhadores) curdo.
As implicações seriam o fortalecimento dos próprios grupos guerrilheiros na Tchetchênia e no Daguestão, além da desestabilização generalizada das repúblicas da Ásia Central.
Também ficaria em xeque a base naval de Tartus, a única que os russos possuem no Mar Mediterrâneo.
Essa política faz parte da frente única existente com o Irã, que conta com o Hizbollah, a milícia libanesa, e os Quds (as forças especiais da Guardia Revolucionária) em campo, na Síria. E com várias contradições, a Administração Obama tem aderido a essa política por causa do aprofundamento da crise na região.
Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.