Stepehn Harper, primeiro-ministro canadensa, tenta a reeleição. Foto: Stepehn Harper (CC BY-NC-ND 2.0)
O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, direitista do Partido Conservador, tentará a reeleição na votação do dia 19 de outubro. Nesta segunda-feira, 10 de agosto, os candidatos entraram na segunda semana de campanha. Em um comício, Stephen Harper prometeu intensificar a participação do Canadá nas operações do imperialismo na Síria e no Iraque, defendendo que o País aumente sua presença militar na região para combater o Estado Islâmico (EI).
Na semana passada, Harper prometeu que tentará tornar crime viajar para regiões dominadas pelo EI. O candidato do Partido Liberal, em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, Justin Trudeau, declarou que o primeiro-ministro está tentando desviar o foco dos problemas econômicos do Canadá.
À frente do partido de Harper nas pesquisas eleitorais, está o Novo Partido Democrático, liderado por Thomas Mulcair. Em seu comício eleitoral, Harper criticou Mulcair, que afirmou defender mais diplomacia e ajuda humanitária para o Oriente Médio, dizendo que o que Mulcair estava defendendo seria “jogar ajuda humanitária em cima de gente morta”.
A disputa é apertada, o partido de Mulcair aparece atualmente com 33,2% das intenções de voto, enquanto o Partido Conservador de Harper está com 30,9%. A postura de Harper em relação ao Oriente Médio lhe rendeu um apoio peculiar. Um grupo de judeus canadenses que moram em Israel estão levantando fundos para apoiar a campanha de Harper.
O objetivo é financiar a viagem de dez canadenses que estão morando em Israel para o Canadá, na semana da votação. No Canadá, eles farão campanha em favor do voto em Harper. A iniciativa da Di Consultoria, ONG que leva a campanha diante, deve-se ao fato de que Harper ficou ao lado de Israel em todas as questões diplomáticas durante seu governo. Segundo Dan Illouz, presidente da ONG, “a campanha é uma forma de dizer ‘obrigado’ a Harper”.
Prometendo mandar mais militares para a intervenção na Síria e no Iraque, Harper, que faz um governo de maioria desde 2011, declarou: “a escala da crise humanitária no Iraque e na Síria não pode ser resolvida, sequer chegar perto de ser resolvida, se nós apenas ficarmos recebendo refugiados, enquanto os militantes [do EI] cometem um assassinato em massa”.