"Há duas semanas, os terroristas do Boko Haram tentam infiltrar-se nas nossas ilhas do Lago do Tchad para realizar ataques contra cidadãos pacíficos. (...) As nossas forças armadas e de segurança lançaram uma vasta ofensiva para expulsar e neutralizar estes terroristas nestas ilhas", declarou o porta-voz do exército, o coronel Azem Bermendoa Agouna, precisando que a operação prossegue.
“ Cento e 17 terroristas foram abatidos, dois militares tchadianos morreram e dois outros estão feridos" no Lago Tchad, onde muitos insurgentes nigerianos do Boko Haram se refugiaram nos últimos meses.
Além disso, "várias embarcações foram destruídas e muitas armas de diferentes calibres foram recuperadas", afirmou o coronel Azem, precisando que as operações militares tinham como alvo as aldeias insulares de Koungya, Merikouta, Choua e Blarigui.
"A limpeza continua e o balanço final será anunciado posteriormente", precisou a porta-voz.
Segundo uma fonte da segurança tchadiana, pelo menos mil soldados foram enviados à zona do lago "para ocupar todas as ilhas e neutralizar o Boko Haram".
O governo tchadiano pediu a evacuação da população habitante nestas ilhas antes de ter lançado a sua operação.
Os insurgentes realizaram nos últimos meses vários ataques sangrentos nas ilhas dos quatro países ribeirinhos do Lago Tchad, nomeadamente a Nigéria, Tchad, Níger e os Camarões.
O Lago tornou-se um lugar de recuo para o grupo islamita, enfraquecido nos seus redutos nigerianos pela coligação militar regional estabelecida por esses países no início de 2015, no seio da qual o exército tchadiano desempenha um papel preponderante.