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9a77688d eb42 4dd7 81ed 416a612b56c9 879 586Guatemala - Diário Liberdade - [Tradução de Camila Lee para o DL] Entrevista a Silvia Casasola: Doutora em Ciência Sociais, catedrática da Universidad Rafael Landívar, Guatemala.


Foto de Prensa Libre / Esbin García.

A sociedade da Guatemala vive nestes dias a maior mobilização dos últimos anos. Faz um ano, a reação à impunidade com que a justiça do país centroamericano premiava o ex-ditador Rios Montt era recevida por guatemaltecas e guatemaltecos com insensibilidade, apatia e perdendo a memória histórica dos genocídios, segundo explica Ilka Oliva Corado, guatemalteca e colaboradora do Diário Liberdade.

Um ano depois, os e as trabalhadoras guatemaltecas tomam as ruas do país. Neste sábado (18 de maio) o chamado Movimiento Ciudadano convocou uma gigantesca mobilização exigiu a renúncia do presidente Otto Pérez Molina. São já três semanas de mobilizações, que começaram com a corrupção como detonante, quando um relatório da ONU atingiu a ex-presidenta Roxana Baldetti em um caso de corrupção.

O movimento estudantil está tendo um papel destacado nestas mobilizações que, no entanto, convém analisar com o devido cuidado e analisar porque acontecem agora frente a um escándalo de corrupção grave, sim, mas muito menos do que uma ditadura genocida impune.

Ilka Oliva Corado entrevistou Silvia Casasola, Doutora em Ciência Sociais, catedrática da Universidad Rafael Landívar daquele país, sobre o envolvimento do estudantado na mobilização guatemalteca:

A Universidade de San Carlos (USAC) não tinha se despertava assim desde os tempos do conflito armado interno. De repente, se lembrou de que é povo. Como e por que sucedeu isto?

A USAC nunca esteve adormecida, mas calada pela mídia corrupta. As suas autoridades são apenas um reflexo do que temos como país. Acordou, ou melhor, se incorporou porque se cansou de esperar que tivesse gente digna dentro da sua estrutura, já não deixará que a submetam.

Que papel joga o docente universitário neste movimento estudantil? Se sabemos que muitos se acomodaram ao lado da falta de memória e continuam aí, que são incapazes de falar com os seus alunos sobre o que acontece na Guatemala.

Muitos continuam eludindo a sua responsabilidade de ensinar a história, mas outros estão ensinando com exemplos da vida diária. Já não é só a parte acadêmica, mas também o contexto no qual se ensina deve ser levado em conta, e ali já não podem tapar o sol com a peneira. Além disso, os jovens usam as redes sociais e aqui e acolá existe um valente que lhes mostra a verdade.

Por que é necessário ser impulsor, que quem desperte a mente dos alunos, quem questione, exemplifique e esteja ali, ombro a ombro com eles?

É necessário ser um exemplo, não se pode impulsionar algo desde atrás, muito menos empurrar um movimento se não faz parte dele. Os estudante querem que os docentes os compreendam, que os motivem e que acreditem neles.

Como docente universitária, o que você espera deste despertar estudantil?

Espero que não perca força, que os que estão participando se vejam como o motor de mudança e não como simples massa que se movimenta. Devem avançar e ver resultados da sua participação. Eles querem ver que a constituição e as leis são aplicadas a todos, não somente aos mais pobres. Isso sim, a juventude quer ver resultados.


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