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O Conselho Central da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) votou nesta quinta-feira (05/03) para suspender toda a cooperação com Israel no setor de segurança. Chefiada pelo presidente Mahmoud Abbas, a instituição política que representa o povo palestino tomou a decisão devido "às sistemáticas violações das obrigações e acordos assinados por parte de Israel".
Na conferência realizada na Muqata, sede presidencial palestina na cidade de Ramala, na Cisjordânia, analisou a situação política "à luz das violações israelenses e crimes contra o povo palestino, assim como a inatividade de atores significativos da comunidade internacional".
O Conselho Central é o segundo organismo palestino com maior poder de decisão, atrás do Comitê Executivo, do qual Abbas é presidente. As deliberações da OLP são geralmente cumpridas pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), mas já há expectativas de que Abbas não implemente de imediato a nova diretriz.
No plano interno e sem mencionar o grupo islamita Hamas, responsável por governar o território palestino da Faixa de Gaza, a OLP defendeu reforçar a reconciliação nacional palestina de modo alinhado aos acordos relevantes, medida que "facilitará a reconstrução de Gaza, que sofre com o bloqueio ilegal e prolongado de Israel", país que foi definido como "potência ocupante".
Estado-nação judeu
Também foi formalizada hoje a decisão de rejeitar toda tentativa de Israel de ser reconhecido como Estado judeu, "assim como a islamização da região adotada por entidades extremistas".
Outra das medidas aprovadas no congresso foi a de boicotar todos os produtos israelenses e não só aqueles vindos de assentamentos judaicos.