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otan raUcrânia - Vermelho - [Moara Crivelente] A Otan vai enviar mais fundos às Forças Armadas da Ucrânia para "ajudar na logística e na defesa cibernética" e para um comando local, segundo o seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen. Esta foi a conclusão alcançada na quarta (25). A aproximação da Otan à Ucrânia desenha a eventual adesão da vizinha da Rússia e tem escalado tensões.


Desde a eclosão das tensões na Ucrânia, no final do ano passado, a integração do país à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte esteve na pauta dos analistas, sob a perspectiva geoestratégica do avanço imperialista ocidental pelo continente.

Além disso, bater à porta da Rússia evidencia-se como um ato de profunda provocação conduzido por aqueles que insistem em pensar a lógica internacional pelo prisma da Guerra Fria. Ao mesmo tempo em que acusam o governo russo de interferir e movimentar-se militarmente pela Ucrânia, sem apresentar as evidências mencionadas, os EUA e a UE avançam, aumentando não só a sua presenta militar pela região, como financiando as forças favoráveis à sua agenda, como o novo governo ucraniano.

Nascido do panorama desenhado pela interferência estadunidense e europeia, o governo que acaba de se estabelecer, após o golpe de Estado de fevereiro, é fortalecido e sustentado pela UE e pelos EUA. A realização de eleições mergulhadas na violência do governo interino e dos grupos fascistas e neonazistas contra opositores foi uma demonstração do zelo imperialista por seus programas geoestratégicos, cujo grande objetivo é, declaradamente, fortalecer uma Otan que continua sendo ressuscitada pelo fantasma da Guerra Fria.

Já se argumentou suficientemente, entretanto, que este fantasma se chama nostalgia, por parte do Ocidente, e também Complexo Industrial-Militar, além da configuração mental retrógrada do imperialismo sobre a necessidade de dominação global, embora os termos usados sejam mais leves e até cínicos.

Projeção militar geográfica e sistemática

Apesar do apelo de incontáveis cidadãos europeus pela redução dos gastos militares dos seus países imersos em uma crise sem fim – pedido combatido pela imposição estadunidense no sentido oposto – o anúncio do novo financiamento à Ucrânia resultou do encontro dos chanceleres da Otan com o ministro ucraniano das Relações Exteriores Pavlo Klimkin, ainda na quarta, em Bruxelas, Bélgica.

Além do anúncio, Rasmussen também falou sobre o apoio ao presidente da Ucrânia em seu plano de paz, que estabelece um cessar-fogo em troca da deposição das armas das forças de autodefesa no leste ucraniano, vítimas de uma pesada operação militar inaugurada pelo governo interino de extrema-direita instaurado após o golpe, com apoio ocidental. A relação estreita da Otan com a Ucrânia não é recente, porém: foi inaugurada ainda no início da década de 1990, através de vários mecanismos de coordenação.

Durante a reunião, os ministros voltaram a falar do fortalecimento das capacidades da Otan para prestar assistência aos seus parceiros que necessitem de melhor segurança e defesa, o que se enquadra na evolução do conceito estratégico da maquinaria militar em expansão, com a formulação dos princípios para a sua projeção sobre todo o mundo.

"Concordamos que a Aliança vai fornecer este apoio mais sistemática e rapidamente. Trabalharemos em formas para criar um conjunto de especialistas militares e civis que estejam prontos para deslocarem-se quando for necessário e para fortalecer a coordenação com outros atores internacionais," disse Rasmussen após a reunião.

Embora a Rússia, que não tem seguido o script para a encenação de uma grave ameaça à segurança europeia, reafirme constantemente a necessidade de diálogo político, principalmente interno à Ucrânia, e rechace as acusações de movimentação militar provocatória – o presidente Vladimir Putin até pediu ao seu governo a suspensão da resolução que lhe garantia o direito ao uso da força para proteger cidadãos russos na região fronteiriça –, a Otan, instigada pelos EUA, continua se armando e armando a vizinhança russa.


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