1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

SimferolUcrânia - Opera Mundi - Já Ucrânia alega que autoridades russas enviaram 6 mil soldados à península - o que representaria quebra de acordos bilaterais.


Foto: Homens armados não idenficados são vistos na manhã deste sábado patrulhando as ruas da capital da Crimeia, Simferol.

Homens armados partiram de Kiev e tentaram invadir na madrugada deste sábado (01/03) um prédio público na captial da Crimeia, distrito pró-Rússia que possui certa autonomia em relação ao governo central da Ucrânia.

Segundo informou a chancelaria da Rússia, o prédio do Ministério do Interior na cidade de Simferopol foi alvo dos ataques, que deixaram inúmeros feridos. "Essa tentativa confirma a intenção dos círculos políticos em Kiev de desestabilizar a situação da península", disse o Ministério das Relações Exteriores russo.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Igor Teniuj, afirmou na manhã de hoje que a Rússia teria enviado 6 mil soldados e 30 veículos blindados à península da Crimeia. Para o premiê interino, Arseni Yatseniuk, isso "representa uma violação das provisões básicas do acordo relativo à presença temporária da frota russa do Mar Negro em território da Ucrânia".

De acordo com as autoridades do governo provisório da Ucrânia, militares russos tomaram em massa alvos estratégicos na República Autônoma da Crimeia: o aeroporto da capital Simferopol, um posto da Guarda de Fronteiras em Sebastopol e umabasse antimísseis da Força Aérea da Ucrânia.

O premiê interino, ao inaugurar a sessão do governo, também informou que militares russos estão bloqueando edifícios administrativos e unidades militares e pediu às autoridades russas que recolham suas tropas do território ucraniano. Na sexta (28/02), as autoridades russas haviam afirmado que suas atividades na península estavam em conformidade com os acordos entre ambos os países.

Já a imprensa russa afirma que o primeiro-ministro pró-russo da Crimeia, Sergei Axionov, havia pedido ajuda ao presidente Vladimir Putin para restabelecer a paz e a tranquilidade nessa região autônoma ucraniana, mas de maioria russa. Uma fonte do Kremlin teria dito que "a Rússia não iria ignorar esse pedido", segundo o RT.

Na noite de sexta (28/02), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento em que se disse "muito preocupado" com as informações de "movimentos militares da Federação Russa dentro da Ucrânia" e advertiu que "haverá custos em qualquer intervenção" com as Forças Armadas.

Antecipação do referendo

Paralelamente, Axionov anunciou neste sábado a antecipação do referendo sobre o estatuto de autonomia regional para o próximo dia 30 de março. Anteriormente, o referendo havia sido marcado para o dia 25 de maio - data que havia sido estipulada pelo Parlamento local na última quinta (27/02) - coincidindo a consulta com as eleições presidenciais antecipadas convocadas na Ucrânia.

"Devido à complicada situação e entendendo que o atual conflito já saiu dos limites razoáveis, tomamos a decisão de antecipar o referendo e planejamos celebrá-lo na data de 30 de março deste ano", afirmou Axionov, segundo a imprensa russa.

Banhada pelo Mar Negro, da Crimeia tem uma população de 2 milhões de habitantes, dos quais 60% são russos, 25%, ucranianos e 12%, tártaros. Além de estar na fronteira entre os dois países, o peninsula estaria em conflito também, após o governo provisório ucraniano declarar a possibilidade de uma lei que vá abolir o uso de outras línguas em circunstâncias oficiais no país.

Nota do Diário Liberdade: Agora a pouco, segundo a Voz da Rússia, o Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo) deu resposta positiva ao presidente Vladimir Putin em relação a seu pedido de permitir o uso das Forças Armadas da Federação Russa no território da Ucrânia para a normalização da situação política no país, principalmente para proteger russos e as populações na República da Crimeia.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora