Um atirador, um adulto que portava duas armas, morreu. Há relatos, não confirmados, da existência de um segundo atirador. O jornal "Hartford Courant" afirma que uma classe inteira de alunos estaria desaparecida, mas não há confirmação dessa informação.

Pelo menos três pessoas ficaram gravemente feridas e foram levadas ao hospital Danbury, segundo autoridades locais citadas pelas TVs. O tiroteio ocorreu na escola Sandy Hook, que tem alunos com idades variando entre 5 e 10 anos.

A polícia estadual disse que seus homens estavam no local com a polícia da cidade, mas não forneceu detalhes adicionais. A chamada de emergência para a polícia ocorreu às 9h41 locais, segundo a polícia estadual. Todas as escolas da cidade foram fechadas, e uma equipe da Swat foi mandada ao local.

'Horrendo'

Uma foto do local, feita pelo jornal "Newtown Bee",mostra uma fileira de crianças assustadas sendo retiradas do local pela polícia. Imagens de TV mostraram a polícia e ambulâncias no local, e pais correndo em direção a escola.


"Foi horrendo", disse Branda Lebinski, mãe de uma aluna. "Todo mundo estava histérico, pais, alunos. Havia crianças saindo da escola sangrando. Eu não sei se eles foram baleados, mas eles estavam sangrando."

Newtown é uma cidade de cerca de 27.500 habitantes, subúrbio da capital estadual, Hartford, e situada 128 quilômetros a nordeste de Nova York. A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama está acompanhando a situação e que é hora de confortar as famílias das vítimas, não de discutir as implicações políticas.

Os Estados Unidos já tiveram uma série de tiroteios em locais públicos este ano. Mais recentemente, um atirador abriu fogo em um shopping center do Oregon, matando duas pessoas, e depois se suicidou, na terça-feira.

O pior ataque ocorreu em julho em uma sessão da meia-noite de um filme da série "Batman", em Aurora, no Colorado, que matou 12 pessoas.

Calcula-se que 84% das ações sangrentas em todo o mundo ocorram nos EUA. A frequência desses ataques tem levado a discussões sobre o tema. Muitos apontam que crimes dessa natureza seriam decorrentes do avanço do conservadorismo e do individualismo no país, já extremamente belicista.

Outro aspecto seria a ideia defendida pela direita e pela indústria de armas de que a liberdade de portar armas, garantida pela Constituição dos EUA, é um direito individual intocável.

Os críticos da liberdade do porte de armas associam assassinatos em massa a esse direito irrestrito e descontrolado que permite o assassinos comprarem livremente verdadeiros arsenais.

Com agências