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170414 indianoÍndia - Opera Mundi - Abu Azmi afirmou que mulheres que façam sexo fora do casamento, incluindo as violentadas, devem ser mortas


A onda de violência sexual na Índia virou pauta das eleições que são realizadas no país, porém, com declarações pesadas contra os direitos da mulher. Com seis semanas de duração, se trata do maior evento eleitoral do mundo. Na última sexta-feira (11), o político Abu Azmi, do Estado de Uttar Pradesh, afirmou que as mulheres que mantenham relações sexuais fora do casamento deveriam ser enforcadas, incluindo aquelas vítimas de estupro.

"A violação é castigada com a forca no Islã. Mas aqui não acontece nada com as mulheres, somente com os homens. A mulher também é culpada", disse Azmi, presidente do Partido Samajwadi (SP) no Estado de Maharastra, ao jornal local Mid Day. Azmi argumentou que a solução para evitar os estupros é que, se "uma mulher casada ou solteira vai (fazer sexo) com um homem, com ou sem consentimento dela, deve ser enforcada. Ambos devem ser enforcados", continuou.

As declarações de Azmi, senador entre 2002 e 2008, aconteceram um dia após outro episódio, quando o chefe de seu partido Mulayam Singh Yadav dizer que a forca é um castigo "injusto" para os estupradores. "Os meninos cometem erros, mas isso não significa que tenham que ser enforcados", declarou Yadav, apesar de não se opor à pena de morte como castigo para outros delitos.

Os pais de uma garota estuprada e assassinada em um ônibus na cidade de Nova Deli em dezembro de 2012 — um crime que provocou protestos e um debate sem precedentes sobre a violência contra a mulher na Índia — criticaram o político. "Seu argumento é que as mulheres não têm honra. Apelo ao público para que não vote em um líder desse tipo. Apelo às mulheres para que não votem nele", disse o pai da moça.

"Todos os dias, mulheres são violadas e são erros? Ele fala de acabar com a pena de morte para os violadores, mas os pais, como nós, consideram que nem a morte é suficiente para os violares. Eles merecem pior", acrescentou a mãe.

O caso levou o governo a endurecer as leis contra agressores sexuais e a estabelecer a pena de morte em caso de que a vítima faleça ou que os violadores reincidam no crime. Quatro dos estupradores da jovem foram condenados à morte e, no início de abril, três foram condenados à forca por um estupro reincidente em Bombaim.


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