Depois de seis meses em estado vegetal, faleceu neste domingo (07/04) o jovem chileno Wladimir Sepúlveda, de 21 anos, espancado brutalmente em outubro por ser homossexual. A morte foi anunciada pelo Movilh (Movimento de Integração e Liberação Homossexual), por meio de sua conta no Twitter.
O governo chileno enviou condolências por meio do porta-voz, Alvaro Elizalde, que afirmou que o falecimento de Sepúlveda é "um fato doloroso e lemantável", e se solidarizou com a família. "Esperamos que a justiça faça seu trabalho, esclarecendo os fatos e aplicando as sanções correspondentes", disse.
Em outubro de 2013, pelo menos quatro pessoas espancaram Sepúlveda na cidade de San Francisco de Mostazal, ao sul da capital, Santiago. Desde essa data, o jovem permanecia em estado grave conectado a um ventilador mecânico no hospital de Rancagua.
A família da vítima e o Movilh anunciaram que irão processar os responsáveis pelos ataque, similar ao que cobrou a vida, em março de 2012, do jovem gay Daniel Zamudio, cujo caso chocou o país e impulsionou uma lei contra a discriminação. Jorge Mena, promotor encarregado de investigar o caso de Sepúlveda, afirmou que pretende enquadrar o crime na "lei Zamudio".