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130530 casalFrança - Ópera Mundi - Bruno Boileau e Vincent Autin se casaram em Montpellier após meses de protestos e luta no Legislativo


A cidade de Montpellier, no sudoeste da França, foi a primeira a celebrar um casamento gay na França, após a promulgação, no último dia 18, da lei que autoriza esse tipo de união entre pessoas do mesmo sexo.

O casal, formado por Bruno Boileau, 30 anos, e Vincent Autin, 40, disseram o "sim" por volta das 18 horas locais (13h em Brasília) diante da prefeita da cidade, Hélène Mandroux, do PS (Partido Socialista), o mesmo do presidente francês, François Hollande, um dos principais incentivadores da aprovação. A França tornou-se o 14º país do mundo a adotar o casamento homoafetivo. A lei também permite a adoção de crianças por esses casais.

Mandroux, uma das principais militantes pelo casamento gay, diante de um retrato de Hollande e ao lado do busto da Marianne (símbolo da República) destacou o "momento histórico" que significa o casamento entre pessoas do mesmo sexo e citou os precedentes de Portugal e da Espanha na autorização desse tipo de união.

"Vincent e Bruno, esse dia que vocês tanto sonharam vai se tornar uma realidade. Vocês nos farão viver um momento histórico (...) A história de vocês encontra hoje a história de todo um país, a de uma sociedade que progride, que luta contra discriminações (...) Aos que não puderam compreender isso, eu recordo uma frase de Benjamin Franklin: 'Um povo próximo a sacrificar um pouco de liberdade por um pouco de segurança não merece nem nem outro, e acaba por perder os dois'", disse a prefeita. Na hora da declaração final, ela afirmou: "Eu vos declaro unidos pelos laços do casamento".

Os noivos, que moram juntos há dez anos,  foram aplaudidos pelos cerca de 200 convidados (e outros 200 jornalistas além de cerca de 100 de curiosos na frente da chefia municipal) que assistiram ao ato ao entrar na sala onde se casaram instantes depois. Entre os convidados estava a porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem.

A cerimônia aconteceu na sede da Prefeitura da cidade mediterrânea, com grande cobertura da imprensa, e atraindo a atenção de franceses e estrangeiros, e com forte vigilância policial, sendo que cerca de 100 agentes de segurança foram mobilizados.

A aprovação da lei foi cercada de polêmica, já que provocou diversas manifestações de grupos favoráveis, mas também de conservadores e religiosos contrários à união – um desses protestos chegou a reunir 800 mil pessoas em Paris. No último domingo, uma manifestação contrária na capital francesa terminou em confrontos com a polícia e centenas de detidos.

(*) com agências de notícias internacionais


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