1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

Dia Mundial da Televisão Cartaz 300x194PGL - [José Paz Rodrigues] A Assembleia Geral das Nações unidas proclamou, em 1996, o dia 21 de novembro como Dia Mundial da Televisão


Os estados membros foram convidados a comemorar o dia, incentivando as trocas de programas de televisão sobre questões como a paz, a segurança, o desenvolvimento social e económico e reforçando o intercâmbio cultural (resolução 51/205 de 17 de dezembro).

Desde o século XIX, os cientistas pesquisavam a transmissão de imagens à distância. A televisão é um sistema que transmite eletronicamente imagens visuais e sonoras, enviando-as a pequenas e longas distâncias, no mesmo instante em que os fatos ocorrem ou posteriormente. Essa transmissão de sinais pode realizar-se pelo ar, por satélite ou a cabo. No primeiro caso, as ondas elétricas são transmitidas pelo espaço em linha reta e não podem sofrer interferências. No segundo caso, são utilizados satélites artificiais no espaço, facto que permite a transmissão direta e ampla entre os vários continentes. Na transmissão a cabo, os sinais são conduzidos por cabos elétricos, que estão ou não sob a terra. Em 1926, o inglês John Logie Baird realizou as primeiras transmissões pelo ar.

As primeiras emissões de televisão com mais qualidade ocorreram na Alemanha em 1935, depois de muitos estudos e eventos divulgados em Londres e Nova Iorque desde os anos 20. Neste ano de 1935 a Alemanha inaugurou a transmissão oficial da televisão no mundo. No mesmo ano, a França ingressou nesse mercado e usou a torre Eiffel como posto emissor. Em 1936, Londres inaugurou a estação da BBC. Em 1938, foi a vez de a Rússia utilizar a televisão. Os Estados Unidos da América ingressaram nesse ramo só em 1939 e foram o primeiro país a levar ao ar um programa de TV a cores, em 12 de junho de 1951, embora a televisão a cores surgisse em 1954, na rede norte-americana NBC. O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a implantar a televisão. Esse facto ocorreu no dia 18 de setembro de 1950, data nacional decretada oficialmente como o Dia da Televisão. Em Portugal, a televisão surgiu em 1957. Começou com emissões do canal do estado, RTP (Radio Televisão Portuguesa), a preto e branco. As pessoas concentravam-se em locais públicos para poder ver a “magia” da televisão. As primeiras emissões a cores surgiram em 1976, mas só em 1980 passou a haver emissões regulares a cores. O primeiro programa a cores a ser emitido foi o festival da canção de 1980. Os canais privados surgiram nos anos 90: SIC (1992) e TIV (1993). A indústria da televisão é uma ferramenta que permite divulgar conteúdos variados que vão da informação ao entretimento. É um meio de comunicação poderoso essencial para promover a compreensão e a tolerância.

A televisão é, se for bem utilizada, um meio magnífico para educar a população do mundo, embora, muito infelizmente, cada vez cumpra menos este objetivo tão importante. O que acontece na maioria dos países, ao terminar em mãos privadas ou governamentais a que nada interessa fomentar entre os cidadãos a educação, a tolerância, a solidariedade, os valores éticos, etc. Pois tão só lhes interessa manipular as suas vontades, de forma inobre e indigna. Este é o motivo pelo que cada vez mais há programas nas diferentes televisões nefastos, contrários a todos os princípios, com grande abundância de programas-lixo, que muito negativamente influem nas crianças e nos jovens. A nível político a manipulação das pessoas terminou por ser indignante nos últimos tempos, com um intervencionismo dos governos verdadeiramente infame, ausente de todo o espírito democrático, e não estamos a falar de países em que desgraçadamente governam ditaduras, em que, como é natural a tais sistemas de censura, não existem as liberdades para os seus cidadãos.

Eu que conheço bastante bem a realidade da Índia, por passar de outubro a abril dos últimos anos no território indiano da Bengala, estou-me dando conta da influência negativa que a televisão está a ter na população do país. Nos dez últimos anos, o aumento de televisores nos lares indianos, especialmente nos âmbitos urbanos, foi espetacular e ainda o está a ser. Esta invasão televisiva, ademais de criar um consumismo perigoso de produtos muito nocivos (o governo teve que proibir que os atores do cinema saíssem fumando, por exemplo), em pouco tempo vai acabar com a cultura milenária indiana e, o que é mais grave, com aqueles seus aspetos mais positivos: valores éticos, pacifistas, solidários, alegria das gentes, cultura oral, etc. A minha predição certamente pessimista é a de que em vinte anos a Índia deixará de ser o país de cultura milenária, o país da paz e o país da alegria, pela influência negativa da televisão e de seus programas. Ao não haver preocupação alguma por parte privada ou pública de que existam programas educativos pra formar – por exemplo, ecologicamente – os seus cidadãos. A Índia é para mim o claro exemplo de como um meio tão poderoso como a televisão poderia ser magnífico para educar se fosse bem utilizado, e, no entanto, funciona antes para deseducar e manipular. O que infelizmente também acontece em outros muitos países do planeta. Por isto, o Dia Mundial da Televisão deveria sensibilizar-nos para reclamar dos diferentes governos, exigindo-lhes que, pelo menos nas televisões públicas, que pagamos com os nossos impostos, a maioria dos programas sejam educativos e cheios de valores sociais. Pois mesmo programas divertidos, se se desenharem bem, podem ser plenamente educativos. O lema poderia ser: Por uma televisão pública que eduque e não manipule!!

Para debater tão importante tema escolhi sem dúvida o filme mais idóneo, que quando teve sua estreia colheitou um sucesso enorme: O Show de Truman, realizado em 1998 por Peter Weir.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

 

  • Título original: The Truman Show (O Show de Truman / A vida em direto).
  • Diretor: Peter Eir (EUA, 1998, 103 min., cores).
  • Roteiro: Andrew Niccol. Música: Burkhard Dallwitz e Philip Glass. Fotografia: Peter Biziou.
  • Produtoras: Paramount Pictures e Scott Rudin Productions.
  • Nota: O filme pode ser visto entrando aqui.
  • Prémios: No Óscar 1999 foi nomeado em três categorias, mas não venceu nenhuma. Peter Weir recebeu uma nomeação para “Melhor Diretor“, enquanto Ed Harris foi nomeado para “Melhor Ator Coadjuvante” e Andrew Niccol para “Melhor Roteiro Original“. Muitos acreditaram que Jim Carrey iria receber uma nomeação a Melhor Ator, porém isso não ocorreu. Em contraste, o filme foi um sucesso no Golden Globe Awards. Carrey (“Melhor Ator de Drama“), Harris (“Melhor Ator Coadjuvante“) e Burkhard Dallwitz e Philip Glass (“Melhor Trilha Sonora Original”) venceram em suas respetivas categorias. Também foi nomeado para “Melhor Filme de Drama“, Weir para “Melhor Diretor” e Niccol para “Melhor Roteiro“. No BAFTA, Weir (“Melhor Diretor”), Niccol (“Melhor Roteiro Original”) e Dennis Gassner (“Melhor Desenho de Produção”) venceram prémios. Além disso, o filme ainda foi nomeado para as categorias “Melhor Filme” e “Melhores Efeitos Visuais”, enquanto Harris e Peter Biziou foram nomeados para “Melhor Ator Coadjuvante” e “Melhor Fotografia”, respetivamente. O filme também foi bem no Saturn Award, vencendo os prémios de “Melhor Filme de Fantasia” e “Melhor Roteiro” (para Niccol). Carrey (“Melhor Ator”), Harris (“Melhor Ator Coadjuvante”) e Weir (“Melhor Direção”) também foram nomeados. Por fim, venceu o Prémio Hugo de Melhor Apresentação Dramática.
  • Atores: Jim Carrey (Truman Burbank), Ed Harris (Christof), Holland Taylor (Angela Burbank), Laura Linney (Meryl / Hanna Gill), Natascha McElhone (Lauren Garland / Sylvia), Noah Emmerich (Marlon / Louis Coltrane), Paul Giamatti (Simon, diretor do quarto de controlo), Peter Krause (Lawrence), Tony Todd (Polícia na casa de Truman), Harry Shearer (Mike Michaelson), Philip Baker Hall (executivo da Network), Philip Glass (Artista), Don Taylor (Don), Marcia Debonis (cuidadora de infância), Yuji Okumoto (amigo japonês), Terry Camilleri (cuidador da piscina), John Pleshette (executivo da Network), Joel McKinnon Miller (cuidador da garagem) e Antoni Corone (guarda de segurança).
  • Argumento: Truman Burbank é um pacato vendedor de seguros que leva uma vida simples com a sua esposa Meryl Burbank. Porém algumas cousas ao seu redor fazem com que ele passe a estranhar a sua cidade, os seus supostos amigos e até a sua mulher. Após conhecer a misteriosa Lauren, ele fica intrigado e acaba descobrindo que toda a sua vida foi monitorada por câmaras e transmitida em rede nacional.

A TELEVISÃO E O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO:

Em O Show de Truman um homem tem a sua vida inteira filmada e transmitida ao vivo pela TV, 24 horas por dia via satélite para todo o mundo, desde o seu nascimento. O filme começa a partir do episódio 10.909 desde o lançamento do Show. É o 30º ano ininterrupto de transmissão do “show” da vida de Truman Burbank como a primeira experiência de um “show real”, pois Truman desconhece ser uma personagem. Truman faz o “papel” de um corretor de seguros, é casado, e possui um amigo de infância, que sempre chega a sua casa com cervejas. Todos os dias cumprimenta seus vizinhos, da mesma forma, vai ao jornaleiro comprar revistas para sua mulher, encontra dous senhores que sempre prometem procurá-lo na seguradora. Tudo acontece num grande estúdio, na verdade o maior estúdio cinematográfico do mundo, que ao lado da Muralha da China é a única construção humana visível do espaço, é uma ilha chamada Seahaven: as casas, as ruas, os automóveis, o céu, o mar, a lua, o anoitecer, e a chuva, tudo se passa dentro de uma enorme cúpula, mas Truman não conhece esses limites: ele nunca viajou, nunca saiu de sua cidade, nunca ultrapassou suas margens. Cerca de 5 mil câmaras, filmam cada movimento de Truman, milhares de pessoas trabalham dia e noite para que o show funcione com total verossimilhança com a realidade. É um mundo dentro de outro mundo. O criador do programa é Christof. O programa é transmitido sem nenhuma interrupção, nem mesmo intervalo publicitário.

A publicidade é feita de maneira diferente, explica Christof em uma das poucas entrevistas que concede que “tudo está à venda” o que os atores comem, roupas, até mesmo as casas em que vivem. O entrevistador continua a entrevista com Christof e pergunta “por que Truman nunca pensou até agora em questionar a natureza do mundo em que vive?” Christof responde dizendo que «aceitamos a realidade do mundo tal qual ela nos é apresentada, Truman pode ir embora quando quiser. Se tivesse algo mais que uma mínima ambição, se estivesse absolutamente decidido a descobrir a verdade, não poderíamos impedi-lo. Truman prefere a sua cela»O Show de Truman é uma variação muito interessante do Mito da Caverna de Platão, mas difere da alegoria de Platão em que apenas um prisioneiro se liberta para abandonar as sombras da caverna e conhecer o mundo real, no filme há apenas um prisioneiro, e os demais atores que entram e saem dela.

A fala do diretor do Show, Christof, está de acordo com a ideia do Mito da Caverna: poucos são os inclinados a distinguir entre o mundo das aparências e o mundo das realidades autênticas e poucos são os que se perguntam se vivem uma espécie de jogo de fantoches. Mas podemos imaginar, que se Platão visse o filme ele diria que nem mesmo Truman deixando de considerar como reais as sombras que passam na parede e tivesse podido descobrir os objetos que produzem estas sombras, não teria saído da caverna, não o que Platão considera como caverna. Teria que existir um segundo despertar por Truman em direção ao mundo das Formas, um mundo mais verdadeiro que o nosso. O livro VII da obra A República de Platão, mostra homens acorrentados, com o rosto voltado para o fundo de uma caverna, onde só enxergam sombras projetadas pelo fogo que há atrás deles, sombras que eles interpretam como as únicas realidades existentes. Se um deles sair da caverna, primeiramente, ficará ofuscado e precisará ser constrangido pelo hábito a ver as sombras, depois os objetos e depois o próprio Sol: se voltar para a caverna, não distinguirá mais nada, e os prisioneiros rirão dele e poderão até matá-lo. É uma alegoria das relações entre o homem e os objetos da linha: nós somos esses prisioneiros; a caverna é o mundo sensível; o fogo que projeta as sombras é o sol; a saída da caverna é a ascensão para o inteligível: o homem liberto, ao voltar para a caverna, é a imagem do filósofo, escarnecido pelos ignorantes. A educação é essa ascensão da alma, à qual a cidade deve levar os mais dotados não para a felicidade deles, mas para que desçam de novo a fim de governar a cidade.

O GRANDE PODER DOS MÍDIA:      

Em 2008, a revista norte-americana Popular Mechanics nomeou este filme como um dos dez mais proféticos filmes de ficção científica. O jornalista Erik Sofge discute que a história reflete a falsidade dos «reality shows»“Truman simplesmente vive, e a popularidade do programa é um voyeurismo direto. E, como Big BrotherSurvivor e qualquer outro «reality show» no ar, nada de seu ambiente é real”. Ele considerou uma estranha coincidência que o Big Brother teve sua estreia um ano após o lançamento do filme; ele também comparou O Show de Truman com o programa The Joe Schmo Show«A diferença de Truman, Matt Gould podia ver as câmaras, porém todos os outros competidores eram atores contratados, interpretando os papéis de vários estereótipos dos «reality shows». Enquanto Matt eventualmente conseguiu todos os prémios na disputa fraudada, a piada recorrente central do programa era a mesma estimativa existencial de O Show de Truman”. Weir declarou, “Sempre existiu essa pergunta: o público está ficando mais burro? Ou nós os cineastas o estamos padronizando? É isso que eles querem? Ou isso é o que estamos dando a eles? Porém o público foi ao meu filme em grande número. E isso tem de ser encorajador”.  

Ronald Bishop, do Sage Jo achou que O Show de Truman mostrou o poder da mídia – a vida de Truman inspira espectadores ao redor do mundo, o que significa que suas vidas acabam sendo controladas pela dele. Bishop comentou: “No final, o poder da mídia é afirmado ao invés de desafiado. No espírito do conceito de hegemonia de Antonio Gramsci, esses filmes e programas de televisão cooptam nosso encantamento (e desencantamento) com a mídia e nos vendem de volta”. Simone Knox, em sua dissertação “Reading The Truman Show inside out”, discute que o próprio filme tenta “borrar” a perspetiva objetiva, e analisa o programa dentro do filme, inclusive criando uma planta baixa sobre os ângulos de câmara na primeira cena.

JANELAS VIRTUAIS DO REAL:

Segundo Sávia Lorena Barreto os «reality shows» personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-modernas. Programas como o BBB (da TV Globo do Brasil) são movidos pelas engrenagens de uma sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro; e o prazer «voyeurístico» de assistir aqueles poucos que alcançam o sonho almejado por muitos. Em um cenário onde as novas perspetivas de práticas culturais estão inseridas em um complexo ambiente globalizado, as fronteiras entre os gêneros midiáticos também são cada vez mais tênues. Inserido entre dous campos opostos – real e ficção, documentário e novela – o «Big Brother» passa a ser um novo elemento audiovisual, resultado direto das novas possibilidades tecnológicas, que facilitam o contato entre o público e as personagens midiáticas através de processos interativos. Com a possibilidade de agir como um ser onisciente, que observa todas as ações dos participantes e julga através do voto por telefone ou pela internet, quem sai ou fica no programa, o telespectador movimenta nesse processo ferramentas de identificação e, principalmente, de diálogo com uma realidade cotidiana ficcionalizada.

O grotesco não é mais uma manifestação única do aberrante e escatológico como padrão rebaixador da cultura massiva, e sim uma categoria estética, inserida em um cenário midiático dotado de lógicas próprias, sem juízos de valor. Ao invés de só causar o distanciamento crítico da realidade, os programas que criam janelas virtuais do real serviriam como uma espécie de catarse menos política e mais social e cultural, onde as narrativas e emoções vividas por terceiros estariam mais próximas dos sentimentos do público do que as novelas e documentários, já que o novo gênero uniria traços dos outros dous. O atual contexto socioeconômico brasileiro não pode ser ignorado como elemento propulsor do grande alcance de produtos televisivos que fazem sucesso em escala mundial. A “nova classe média”, que há algumas décadas não possuía poder de compra e hoje se insere no mercado de consumo, é alvo das empresas que patrocinam justamente os programas que falam uma linguagem excessivamente visual, mas facilmente entendida e apreendida por uma massa heterogênea. O espetáculo não está na atipicidade das câmaras que filmam os participantes do «Big Brother», mas sim nos romances, diálogos, brigas e situações cotidianas observadas pelo público. A própria vida em si – mesmo que em um ambiente artificialmente montado – é o show da vida. O programa não pretende chegar a lugar nenhum, a não ser nele mesmo.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Servindo-se da técnica do Cinema-fórum, analisar e debater sobre a forma (linguagem cinematográfica: planos, contraplanos, panorâmicas, movimentos de câmara, jogo com o tempo e o espaço) e o fundo do filme de Peter Weir anteriormente resenhado.

Organizar nos estabelecimentos de ensino uma exposição monográfica ao redor da TV, a sua história, sua influência, seu controlo, etc. Destacando aqueles programas educativos que merecem a pena. A mesma deve incluir imagens, textos, poemas, frases, aforismos, etc. e redações dos próprios alunos. Com todo o material que se recolha pode redigir-se uma monografia que se pode editar ou policopiar.

Podemos organizar um debate-papo entre estudantes e docentes para fazer propostas de melhoria da programação televisiva, procurando outro tipo de programas que sejam educativos e ao mesmo tempo divertidos, especialmente para as televisões públicas. O plano de propostas tem que levar estratégias para influir nos dirigentes televisivos com o fim de que não façam programas lixo e pensem na infância, na juventude e na sua educação.

 

 


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.