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120713 rachid-rahaMarrocos - Nationalia - O líder amazigue Rachid Raha envia umha missiva ao rei em que denuncia que o reconhecimento constitucional do idioma nom está a ter aplicaçom prática. O texto assegura que há um "genocídio cultural e lingüístico" contra os Amazigues. O governo promete aprovar umha lei de oficializaçom que nom dá chegado.


O antropólogo e fundador e ex-presidente do Congresso Mundial Amazigue Rachid Raha (imagem) dirigiu umha carta aberta ao rei de Marrocos, Mohamed VI, na qual lhe pede que ponha fim ao incumprimento, por parte do governo por ele nomeado, das promessas em favor do respeito e promoçom da língua amazigue. Na carta, Raha lembra que a Constituiçom de Marrocos, reformada há dous anos, reconhece oficialmente a língua e a identidade amazigues. Mas hoje, di, ainda nom há nengumha prova tangível de que o reconhecimento seja efetivo.

O monarca manifestou várias vezes que se comprometia a influir para que o parlamento marroquino legislasse em favor da língua amazigue, mas os factos nom o acompanham, di Raha, que recorda que os membros das duas cámaras e o governo central nom demonstram sensibilidade nengumha em respeitar as promessas e compromissos régios para com a promoçom da língua amazigue — língua que continua posta de parte no ensino e nos serviços públicos. Raha julga que, basicamente, todo continua como era até à reforma constitucional, que nom se notam mudanças de mentalidade. Antes bem, a sua despreocupaçom permite que, na prática, continue a crescer "o genocídio cultural e lingüístico", em clara oposiçom ao mandato da UNESCO relativo à necessidade de salvaguardar "o grande e imenso património autóctone que é a civilizaçom amazigue".

Diante desta situaçom, Raha pede a demissom do governo. Trata-se, di, dum governo de tendência islamista, que nom fala a língua oficial amazigue e nom esconde o seu ódio para com os Amazigues e a causa amazigue. Umha demonstraçom disso é o facto de a deputada amazigue Fatima Tabaamrant ter sido proibida de falar a sua língua materna no Parlamento e que, indo além disso, se ponham entraves à liberdade de opiniom e de expressom.

Fai falta umha lei orgánica que concretize a oficialidade do amazigue

Na Carta Magna marroquina especifica-se que o árabe é "a língua oficial do Estado" e que o amazigue é "umha língua oficial do Estado, enquanto património comum de todos os Marroquinos sem exceçom". Falta, no entanto, aprovar umha lei expressa que especifique em que medida o amazigue beneficiará de status oficial. Há tempos que o governo anda a prometer que a tal lei será feita - esta mesma semana tornou a insistir -; mas, por enquanto, passados dous anos da aprovaçom da Constituiçom, nom houvo ainda qualquer concretizaçom.

Para se sair desta conjuntura, algumhas ONG apresentárom um anteprojeto de lei orgánica junto do Conselho Nacional das Línguas e a Cultura Marroquina e a Língua Amaziga. Mas Raha aponta que nom tivo efeito algum e que o presidente do governo desprezou a iniciativa.

Na missiva endereçada a Mohamed VI, Raha denuncia situaçons alarmantes, como o facto de professores de língua amazigue – de que teriam beneficiado um milhom de alunos - serem enviados para o estrangeiro para ensinar a língua árabe. Ou que o ministro dos Assuntos Islámicos atue como se a língua amazigue nom existisse e envie imáns para o estrangeiro com a consigna de utilizarem só o árabe. O governo, di o líder amazigue, empenha todos os esforços em consolidar a língua árabe e em "arabizar o sistema educativo, que está a falir por causa a política unilingüísta e lingüicida". Raha também critica que continue a proibir-se aos Amazigues a liberdade de reuniom e de expressom, bem como que ponham nomes amazigues às suas crianças.

Antes de concluir a carta, Raha opina que "o governo atual merece ser sancionado" e que o rei, depois de escuitar o clamor de tantos Amazigues, deveria favorecer "que o processo de democratizaçom seja irreversível" e que "a qüestom da ‘amaziguidade’ venha a ser umha das peças angulares deste processo".


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