Na semana passada, cerca de 2 mil professores e estudantes saíram em protesto na cidade de Colombo, capital do Sri Lanka (antigo Ceilão), contra a medida governamental de fechar as universidades.
A atitude do governo foi um ataque ao direito de greve dos professores, que desde o início de julho estão parados, lutando por melhores salários, contra a privatização das universidades públicas e também contra o que consideram a excessiva interferência do governo nos assuntos educacionais.
O governo acusa os grevistas de estarem a fazer politica e a tentar derrubá-lo. É uma acusação ridícula já que derrubar um governo é um direito de qualquer movimento que se veja obrigado a lutar contra a exploração e opressão dos trabalhadores.
Uma das reivindicações dos manifestantes é de que seja destinado 6% do PIB para a educação, uma soma bastante modesta. Do outro lado do planeta, os trabalhadores e estudantes do Brasil lutam para que 10% do PIB seja destinado à educação, o que demonstra a miséria educacional em que estão submetidos a maioria dos países. No Sri Lanka menos de 2% do PIB é reservado, atualmente, a esse setor.
É uma constatação dramática da situação dos países pobres como o Sri Lanka. O capitalismo não apenas mata de fome, mas também mantém na ignorância milhões de trabalhadores. A educação é dada apenas para que se possa ter uma mão-de-obra semi-escrava necessária para movimentar fábricas e bancos e, de preferência, completamente domesticada e dócil. Os ataques à educação são generalizados e atingem também, como bem sabemos, os países europeus.