Relatórios da AI e da Afrewatch, ONGs internacionais, documentam a compra de cobalto nas zonas onde o trabalho infantil está muito disseminado e se vende à Congo Dongfang Mining, filial da empresa chinesa Huayong Cobalt, que o distribui a fabricantes de baterias que abastecem empresas como Apple, Microsoft, Samsung, Sony ou Volkswagen.
O investigador Mark Dummett, da Amnistia Internacional, que estuda as relaçons entre empresas e direitos humanos, reclamou que “já é hora de as grandes empresas assumirem parte da responsabilidade da extração das matérias-primas com que obtenhem os seus lucrativos produtos”.
De facto, nom menos de 50% do cobalto do mundo é produzido na República Democrática do Congo, onde em 2014 existiam 40 mil crianças a trabalhar nas minas do sul do país, segundo dados da UNICEF.
O documento estabelece a existência de relatos de crianças que asseguram trabalharem até 12 horas diárias em troca de um ou dous dólares por dia.
O material é comprado nessas áreas de trabalho infantil abundante pola Congo Dongfang Mining (CDM), subsidiária da empresa chinesa Zhejiang Huayou Cobalt Ltd (Huayou Cobalt), que por sua vez processa o cobalto e revende para os fabricantes na China e na Coreia do Sul. Aí fam-se as baterias utilizadas por empresas como a Apple, Microsoft, Samsung, Sony, Daimler e Volkswagen.
Segundo denunciou Mark Dummett:
“As montras das lojas glamourosas e a comercializaçom de produtos de última geraçom som um contraste gritante com as crianças que carregam sacos de pedras, e os mineradores que entram em túneis estreitos com risco de sofrerem de danos pulmonares permanentes. Milhons de pessoas desfrutam dos benefícios das novas tecnologias, mas raramente se perguntam como eles som feitos. Já é tempo de as grandes marcas tomarem algumha responsabilidade em relaçom à extraçom das matérias-primas que fam os seus produtos mais lucrativos”.
A Amnistia Internacional terá contatado 16 multinacionais listadas como clientes dos fabricantes de baterias pesquisados. Umha delas admitiu a conexom, enquanto quatro foram incapazes de dizer com certeza se compram cobalto da RDC ou Huayou Cobalt. Houvo seis que afirmárom estar a investigar tais acusaçons. Cinco negárom ter comprado cobalto da Huayou Cobalt, embora estejam listadas como clientes nos documentos da empresa de fabricantes de baterias. Mais duas multinacionais negárom a terceirizaçom de cobalto da RDC. POrém, nengumha forneceu pormenores suficientes para verificar de forma independente de onde o cobalto dos seus produtos procede.