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Exército de Libertação Popular ELP da ChinaChina - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Em 2016, o aprofundamento da crise capitalista continuará avançando na China, no Japão e na região Pacífico da Ásia.


Foto: Exército de Libertação Popular (ELP) da China. Por Xinhua.

O governo chinês continuará avançando na abertura da economia por meio de políticas “neoliberais”. Os investimentos nas obras de infraestrutura e na indústria diminuirão. O endividamento dos governos locais aumentará e o governo central será obrigado a aumentar os repasses de recursos. A inflação aumentará pressionando os preços e os salários. Sobre esta base, as exportações de produtos baratos continuarão a ser despriorizadas pelas políticas públicas.

O movimento grevista crescerá, mas somente no setor privado. As políticas repressivas colocadas em pé para “blindar” as empresas públicas ainda conseguirão conter o movimento operário no setor.

As reformas do mercado financeiro aplicadas em Xangai, a principal cidade do país, continuarão avançando, assim como a liberalização da taxa de câmbio do iuane. Mas, conforme a especulação financeira avança, a Bolsa de Xangai ficará submetida a novos “solavancos”, como os que a atingiram em cheio no ano passado.

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Previsões para 2016 (Parte V): Rússia

Alguns setores estratégicos da economia, até agora controlados pelas empresas públicas, como o setor de refino do petróleo, deverá ser aberto às empresas estrangeiras.

A capacidade de absorção de matérias primas continuará reduzida. Às cidades fantasmas e à dificuldade para financiar as obras de infraestrutura e para escoar os imóveis novos, se somará o crescente esgotamento da especulação financeira em cima das matérias primas. Até o ano passado, grande parte das finanças para os empréstimos eram realizadas por meio de matérias primas, que eram simplesmente estocadas durante longos períodos, ou por meio de títulos financeiros, como os ETFs, das bolsas futuro de mercadorias, com o objetivo de aplica-los na especulação financeira. Agora, o aumento da recessão industrial colocará um freio sobre este tipo de operações.

Os países atrasados, exportadores de matérias primas, continuarão experimentando déficits fiscais por conta da piora da balança comercial, em grande medida, impactados pela queda dos preços das matérias primas.

As grandes empresas chinesas deverão aumentar o endividamento, o que aumentará o risco da implosão financeira. As “saídas” para a crise continuarão sendo as políticas “neoliberais”, a abertura aos capitais especulativos, a internacionalização do iuane, o aumento do crédito interno. O desenvolvimento do Novo Caminho da Seda chinês facilitará o acesso às matérias primas, a facilidade do suprimento à Europa e a abertura de novas rotas de comércio. Mas o problema central continuará sendo o fato da crise atual ser uma crise de superprodução. Os governos locais continuarão super endividados, dependentes da especulação imobiliária e financeira. O governo central implementará uma reforma fiscal que estará calcada em medidas neoliberais.

O Presidente Xi Jinping avançará na consolidação do próprio grupo dentro dos aparatos da burocracia, fundamentalmente, por meio da campanha contra a corrupção visando o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês que acontecerá em 2017.

As reformas militares em curso reduzirão o número de soldados em 300 mil que, junto com as medidas modernizantes, terão como objetivo conter a pressão do imperialismo e aumentar o potencial da China no mercado de armas.

O aperto do imperialismo norte-americano contra a China continuará, apesar de desescalado pela política da Administração Obama de concentrar os esforços no Oriente Médio. A China continuará a ampliar a nova política militar que pressupõe a possibilidade de atacar antes de ser atacada.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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