1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (7 Votos)

6291180552 90fbd31745 zEstados Unidos - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A Reserva Federal (banco central dos Estados Unidos) publicou o novo plano para salvar os bancos da crise, o TLAC, “total loss absorbing capacity” (capacidade de absorção das perdas totais).


notetoanon.com (CC BY-NC-ND 2.0)

Entre as “maravilhosas” (para os especuladores financeiros) novas regras está a ainda maior redução dos “ativos” e capitais próprios. Passaram para um 18% do total dos ativos de alto risco (“risk weighted assets”) que ainda poderão ser vendidos quando um banco enfrentar problemas sérios.

Segundo a presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, “a proposta, combinada com o nosso trabalho geral, melhorará a capacidade de resolução de problemas do sistema bancário, reduzindo substancialmente o risco para os contribuintes e a ameaça para a estabilidade financeira perante a bancarrota dessas empresas.”

A movimentação nos Estados Unidos faz parte de uma política mundial do imperialismo acordada no dia 25 de setembro, no Comitê de Estabilidade Financeira, um grupo regulatório dos chamados G20, chefiado pelo Banco da Inglaterra, o banco central da Grã Bretanha.

A “proposta” beneficia os oito maiores bancos, denominados não somente TBTF (ou Muito Grandes Para Falirem na sigla em inglês), mas também GSIB (“globally systematically important banks” ou bancos sistematicamente importantes para o sistema global), o JPMorgan Chase, o Citigroup, o Bank of America, o Goldman Sachs, o Morgan Stanley, o Bank of New York Mellon, o State Street e o Wells Fargo. Imediatamente, os seis maiores bancos sofrerão perdas por US$ 120 bilhões, apesar dos obscenos repasses de recursos públicos que acontecem em cima da política do TBTF. Tal o grau absurdo de parasitismo. Mas, de acordo com a Reserva Federal não há motivo para alarmes. Bastariam apenas alguns truques contábeis, como, por exemplo, movendo dívidas das subsidiárias para as empresas mães ou ainda fazendo malabarismo com os títulos próximos a “madurar”, estendendo o prazo das dívidas. De qualquer maneira, todos os truques continuaram, como é inevitável, a serem sustentados com gigantescos volumes de recursos públicos.

Um novo colapso capitalista aparece no horizonte

O sistema capitalista mundial não conseguiu se recuperar do colapso de 2008 e muito menos conseguiu colocar em pé uma nova política alternativa ao chamado “neoliberalismo”.

A especulação financeira disparou a partir do início da década passada. O então presidente da Reserva Federal, Allan Greenspan, colocou em pé a desregulamentação da economia em setores que o sistema financeiro exigia e as privatizações em larga escala. A especulação financeira disparou e enormes bolhas se agigantaram. Somente os derivativos financeiros passaram a movimentar várias vezes os valores da economia mundial, mais ou menos, real. “Mais ou menos” porque na contabilidade da economia produtiva entram componentes altamente especulativos.

Todos os fatores que levaram ao colapso de 2008 continuam em pé. E com muito mais intensidade. Os Estados se ultra endividaram com o objetivo de salvar os monopólios da bancarrota e hoje se encontram muito mais enfraquecidos para salvá-los novamente da crise.

Não há espaço para políticas de “crescimento” dado o extremo grau do parasitismo capitalista. A última tentativa mais ou menos séria neste sentido foi promovida pelo governo francês de François Hollande e fracassou estrepitosamente.

O capitalismo está esgotado como sistema social. O aprofundamento da crise colocará em movimento as massas trabalhadores. O papel histórico da classe operária é justamente a expropriação do punhado de famílias que dominam o mundo. Essa tarefa estará colocada, no próximo período, nos países desenvolvidos, onde a geração de riqueza, a partir da liberação das forças produtivas, terá condições de superar o capitalismo como sistema de conjunto.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.