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ProtestoEUAcontraResgate.a.bancos.Foto.A.GoldenCC BY NC ND 2.0Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A especulação financeira representa o coração da economia capitalista ultra parasitária atual. A crise capitalista mundial de 1974 colocou uma lápide na obtenção de lucros a partir das atividades produtivas.


Protesto nos EUA contra o resgate aos bancos. Foto: A. Golden (CC BY-NC-ND 2.0)

A queda da taxa de lucro se acelerou. As leis analisadas por Karl Marx, no livro O Capital, passaram a atuar com intensidade máxima: a busca pelo lucro a qualquer custo, a super exploração dos trabalhadores, a tendência à queda das taxas de lucro, esta última apesar dos mecanismos ultra-depredadores para contê-la.

O chamado “neoliberalismo” teve como base a entrada no mercado de centenas de milhões de operários asiáticos, submetidos a condições de trabalho de semi-escravidão, e a entrega aos capitalistas das empresas públicas e do grosso dos recursos da sociedade. Desta maneira, a especulação financeira alcançou níveis nunca imaginados antes. Somente os nefastos derivativos financeiros somam 15 vezes o montante da economia mundial e converteram o mundo num verdadeiro casino de apostas e contra-apostas.

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O neoliberalismo entrou em colapso definitivo com a bancarrota capitalista de 2008. Devido à impossibilidade de elaborar uma nova política, devido ao tremendo parasitismo, a economia continua funcionando basicamente em cima da especulação financeira, que acarreta operações de apostas e contra-apostas para garantir os lucros dos capitalistas.

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As próprias regras contábeis, a chamada SFAS-140, consideram o “full book netting” (vínculos contábeis cheios), que significa que os riscos de uma empresa são descontados pela outra, numa operação parecida com o desconto do ICMS em operações interestaduais na contabilidade brasileira. Na realidade, se trata de uma operação suicida, kamikaze, que somente se sustenta em cima da premissa de que não acontecerá uma bancarrota em massa como a que começou em 2008.

O problema colocado é que os mesmos mecanismos que levaram a esse colapso se encontram em pleno funcionamento agora, com intensidade muito maior, devido à paralisia da economia e ao gigantesco endividamento do estado burguês.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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